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Jornal Diário de Suzano - 13/12/2024
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Editorial

Defesa à mulher

07 agosto 2015 - 08h00

O Estado de São Paulo foi pioneiro na implantação de uma unidade especializada para atendimento de mulheres vítimas de violência. Ontem, foi comemorado 30 anos de inauguração da primeira Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), que foi implantada na Capital. Atualmente, segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), existem 130 unidades espalhadas por todo o Estado. Apesar de o número ter crescido consideravelmente, a quantidade de delegacias especializadas precisaria ser maior para atender às mulheres. A própria região do Alto Tietê é um exemplo. Durante anos, as dez cidades contam apenas com uma DDM para realizar todo o atendimento. Neste ano, o cenário ganhará um reforço já que Suzano deve inaugurar nos próximos dias, a segunda unidade da região. Na cidade, para suprir a distância entre Suzano e Mogi, atendimentos são realizados pela Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mas como o atendimento e registro das ocorrências são feitos nos Distritos Policiais (DPs), acredita-se que existe uma inibição por parte das mulheres que são vítimas de violência. Com a criação da DDM, por exemplo o número de atendimentos deve aumentar. Atualmente, cerca de 30 mulheres são atendidas. O Estado reconhece que as delegacias da mulher são recursos importantes no combate à violência. O trabalho ganhou reforço recentemente com a criação da Promotoria de Justiça de Combate à Violência Doméstica. Além disso, algumas unidades especializadas estão realizando atendimentos aos finais de semana. Dados da SSP apontam que somente nos primeiros cinco meses deste ano, foram registrados 71.565 Boletins de Ocorrências (B.O.) pelas DDMs de todo o Estado. Além disso, as unidades realizaram 2.263 prisões até maio, de acordo com a Coordenadoria das Delegacias de Defesa da Mulher. Este trabalho de atendimento especializado é extremamente importante, mas é necessário que mais unidades sejam criadas e que as cidades pensem em outras ações, até mesmo de conscientização, para diminuir estes números de violência.