Os esforços de uma administração municipal em garantir o atendimento no setor da saúde esbarra, muitas vezes, na falta de recursos, de interesse de profissionais em se transferir para as cidades e, ainda nas condições propostas (baixos salários e muitas horas de trabalho). A situação caótica da saúde percorre todo o País. Muitas tentativas de melhorar o atendimento é, bem verdade, conseguiram, em alguns momentos, amenizar uma situação difícil, de pacientes nas filas de espera, aguardando para ser atendido. O problema é grave. Tanto o governo federal, como os estaduais e os municípios - esses com maior dificuldades e com poucos recursos - tentam projetar estratégias para tentar garantir o que prevê a constituição: saúde de graça à população. Em Suzano, o fechamento da unidade 2 da Santa Casa não foi surpresa. A unidade já vinha funcionando com dificuldades, dívidas com profissionais (médicos, enfermeiros, setor administrativo e técnicos). E, nesta semana, aconteceu o que provavelmente já se esperava: o fechamento das portas da unidade. A luta pela permanência do atendimento sempre foi muito difícil. A expectativa era de que a unidade fosse autosustentável. Conseguisse recursos, sem a ajuda da unidade 1. Mas a expectativa foi frustrada. A partir de agora, a expectativa é de que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) possam se fortalecer garantindo atendimento ao público que todos os dias pegam filas na tentativa de receber atendimento. É preciso que o Estado, por meio da Secretaria estadual de Saúde, fique de “olho” nas necessidades de Suzano. É importante ajudar, nesse momento. A outra grande expectativa é de que a nova gestão na unidade 2 da Santa Casa possa garantir melhoras no atendimento e, principalmente, uma nova opção para o atendimento público e de convênios. A saúde não pode esperar. É serviço essencial. A luta, realmente, é grande. É preciso, cada vez, mais habilidade e “jogo de cintura” para garantir o atendimento.