Os casos de dengue nas cidades do Estado de São Paulo passaram a preocupar as autoridades de saúde. Ontem, Suzano decidiu divulgar os dados e as ações para tentar barrar o surgimento de casos. A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. Só para se ter uma idéia, o Estado de São Paulo registrou 38.714 casos de dengue nos dois primeiros meses de 2015, segundo balanço da Secretaria Estadual de Saúde. A incidência é de 92 infecções por 100 mil habitantes. Para caracterizar epidemia estadual, a incidência deve ser acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Em 2014, foram 193,6 mil casos da doença confirmados no estado. A Secretaria não informou o número de casos parcial entre janeiro e fevereiro do ano passado para comparativo com o mesmo período em 2015. O crescimento do número de casos se deve ao calor intenso, que favorece a reprodução do mosquito transmissor da dengue, combinado com o armazenamento inadequado de água por causa da crise hídrica. As autoridades de saúde têm previsto que o número de casos neste ano fique entre duas vezes e meia a três vezes maior do que ocorreu no ano passado. É fundamental conscientizar as pessoas de que combater o mosquito da dengue, além de responsabilidade dos órgãos governamentais que deveriam encarregar-se do saneamento básico, abastecimento de água e de campanhas educativas permanentes, requer empenho de toda a sociedade, uma vez que o Aedes aegypti pode encontrar, em cada moradia e arredores, ambiente propício para sua proliferação. Considerando os dados levantados pela Fundação Nacional de Saúde de que o mosquito vetor “foi erradicado duas vezes do Brasil, em 1955 e 1973, e que, com o relaxamento da vigilância entomológica ocorrido no final da década de 70 e início dos anos 80, foi reintroduzido, instalando-se definitivamente no país”, conclui-se que o trabalho de combate deve ser permanente e contínuo.