Nesta semana, o segundo edital, do governo federal, de chamamento para municípios que poderão receber cursos particulares de medicina foi lançado, como parte do Programa Mais Médicos. Foram escolhidos 22 municípios dentro da estratégia de equilibrar regionalmente o número de médicos por habitantes, levando faculdades para locais de difícil fixação desses profissionais. Em época em que a saúde é um dos problemas graves na maioria dos municípios, a alternativa de novas contratação de médicos pode contribuir para amenizar o cenário negativo. Em Suzano, desde o fechamento de dois hospitais, a situação da saúde está cada vez mais difícil. O edital do governo federal prevê a abertura de 1.887 vagas nas 22 cidades pré-selecionadas, em oito estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Todos os municípios apontados têm relação de vagas em cursos de medicina por 10 mil habitantes inferior a 1,34, e o índice de médicos por mil habitantes é menor que 2,7. A medida é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação. As prefeituras pré-selecionadas que tiverem interesse em receber a faculdade devem confirmar participação entre os dias 13 e 24 deste mês pelo endereço eletrônico http://simec.mec.gov.br. Depois disso, o governo fará vistoria para saber se o local apresenta a infraestrutura necessária para um curso de medicina. O resultado será divulgado no dia 31 de julho e só então as instituições interessadas se candidatarão a abrir faculdade nos locais. Antes de esse sistema ser adotado, a abertura de vagas privadas de medicina era proposta pelas instituições de ensino, que indicavam onde queriam abrir faculdade. Com o novo modelo, adotado pelo Programa Mais Médicos, é o governo quem indica onde tem interesse em abrir vagas. Em seguida, as faculdades se candidatam. Em 2013, o Ministério da Saúde estimou que o Brasil tinha um déficit de 54 mil médicos. De 2003 a 2011, surgiram 147 mil vagas neste mercado de trabalho, contra 93 mil profissionais formados, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número foi divulgado durante apresentação do balanço do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) de 2013, que leva médicos ao interior do País. O programa é importante porque vem tentar solucionar um problema antigo, da falta de atendimento em postos de saúde e hospitais.