Vez ou outra, o transporte público volta a entrar na pauta do dia não somente no Alto Tietê, mas em todo o Estado. Passageiros, geralmente, pedem melhorias no transporte, mais veículos, mais rapidez nos itinerários. Por outro lado, há também os funcionários deste tipo de transporte. Motoristas e cobradores cobram melhores salários e condições de trabalho. Ontem, em São Paulo, a situação ficou “tensa”. Motoristas de ônibus suspenderam por duas horas o funcionamento de todos os 32 terminais. Segundo o sindicato, 90% dos condutores aderiram ao protesto. Na Capital, o objetivo do protesto foi pressionar as empresas a melhorar a proposta de reajuste salarial. Houve negociação, mas a proposta apresentada pelo sindicato patronal foi reprovada pelos trabalhadores. Na Capital, os motoristas reivindicam reposição da inflação e mais 7% de aumento real, enquanto o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) ofereceu 7,21% de reajuste. Uma assembleia dos trabalhadores está agendada para amanhã, a partir das 16 horas. O sindicato representa cerca de 40 mil motoristas e condutores que trabalham na Capital. Os motoristas autônomos de micro-ônibus que fazem o transporte de passageiros em cidades das regiões de Osasco e Mairiporã bloquearam o trânsito na Rua Boa Vista, Centro da cidade, em frente ao prédio onde funciona a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). A categoria protestava contra mudanças de operações de linhas. Se em São Paulo, a situação é crítica com protestos da categoria, no Alto Tietê ônibus estão sendo queimados por causa da revolta da população após o assassinato de uma menina de 9 anos. Este caso foi em Poá. Há também pedidos por aqui de mais ônibus e, por parte do sindicato da categoria, melhoria nas condições de trabalho. O que se espera com tudo isso é que a população não seja prejudicada. É importante que a categoria se mobilize, cobre melhorias, mas garantindo o direito da população que utiliza o meio de transporte.