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Jornal Diário de Suzano - 04/10/2024
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Editorial

População

31 julho 2015 - 08h00

Uma pesquisa divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontou um dado interessante: a de que a população brasileira deve diminuir até 2100. O relatório Perspectivas da População Mundial mostra que o Brasil passará dos 207 milhões de habitantes, que tem atualmente, para 200 milhões. Já no mundo, o levantamento mostra um efeito contrário. A população deve aumentar de 7,3 bilhões para 11,2 bilhões. A diminuição na população brasileira não acontecerá imediatamente. A projeção é que isso passe a ocorrer a partir de 2050, quando o País deverá ter 238 milhões de habitantes. A idade média do brasileiro, atualmente, é 31 anos e será 50 anos em 2100. A expectativa de vida, que hoje está em 75 anos, alcançará 88 anos em 2100, conforme o relatório da ONU. O estudo revela que a maior taxa de crescimento populacional nas próximas três décadas estará concentrada na África. Pela projeção da ONU, a população de 28 nações desse continente vai dobrar. Até 2100, Angola, Burundi e República Democrática do Congo estarão entre os dez países da África com maior aumento populacional. Coincidentemente, outra pesquisa apontou que 90% dos brasileiros têm medo de envelhecer. As complicações de saúde aparecem no topo das respostas dos 989 entrevistados do País: foram 77%, seguidos de 72% que afirmaram temer as limitações físicas. Os porcentuais mais altos aparecem nos grupos mais jovens entre 18 e 35 anos. Apesar disso, o levantamento mostrou que os cuidados com a saúde passam a ser adotados de forma mais intensa após a faixa dos 51 anos Estas pesquisas são importantes para nortear as ações de políticas públicas que serão realizadas nos próximos anos. Muito mais importante do que se preocupar com a diminuição da população é se atentar para o fato de que a população está ficando cada vez mais idosa, mas continua tendo vida ativa. Apesar disso, ainda faltam projetos, programas e áreas de lazer voltadas para este público. É necessário que estes debates se tornem mais constantes. É claro que algumas questões - como a academia da terceira idade - já ganharam espaços nas cidades, mas é preciso ir além.