Ainda existe salvação para um dos maiores santuários ecológicos do País: o Parque Miraporanga. O assunto voltou à pauta nesta semana. Esse importante ponto turístico de Suzano está fechado. A Prefeitura chegou a negociar com a família proprietária a reabertura do parque. Ontem, o DS trouxe reportagem mostrando que Suzano solicitou ao Estado ajuda para a criação de dois projetos turísticos. As propostas são tornar o Miraporanga um Parque Estadual e criar o Parque do Mirante. Com o debate do assunto, a ideia é que a Prefeitura apresente nas próximas semanas um estudo das demandas do projeto e o investimento necessário. O Miraporanga é um espaço particular com mais de 970 mil metros quadrados de mata secundária, lagos, nascentes e grutas, plantas raras e ricas fauna e flora. Abriga ainda a história da cidade, próximo à Igreja do Baruel, onde teve início a formação do povoamento suzanense. A luta para transformar o Miraporanga em parque é antiga. Por diversas vezes, o assunto foi cogitado. Para se ter ideia, em 2011, o DS publicou matéria sobre a pretensão dos deputados estaduais em se unir para tentar reabrir o parque. Uma das principais dificuldades é o fato de ser área particular. O parque chegou a ter mais de duas mil espécies de famílias botânicas. É uma área com cerca de 1,5 milhão de metros quadrados, que é um reduto de exemplares raros de plantas de todo o planeta, além de fauna e flora ricas em espécies da Mata Atlântica. A preservação do Miraporanga é de extrema importância para a cultura-turística de Suzano. Santuário também está associado a um conceito ecológico, pois determina um lugar protegido, com ajuda dos humanos, para grupos de animais selvagens. Segundo o Dicionário Aurélio, santuário ecológico é um local em condições favoráveis à preservação das espécies, onde a caça é permanentemente proibida. É um local que deve ser mantido pela sua importância histórica e ambiental.