O DS publicou ontem matéria mostrando que a crise econômica está atingindo até as emendas dos deputados estaduais que seriam destinadas à região. Por conta do contingenciamento do orçamento, determinado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), deixaram de ser repassados pelo menos R$ 3,2 milhões em emendas parlamentares que seriam destinadas às obras e projetos da região. A medida bloqueou as indicações, do primeiro lote, de todos os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Apesar disso, no próximo mês, acontecerá a abertura do segundo lote para apresentação das emendas por parte dos parlamentares. O destino dos recursos está sendo avaliado, já que além das prefeituras e Santas Casas da região, as entidades e instituições sociais também são beneficiadas pela verba. O corte de verbas é um problema que vem atingindo todas as esferas de governo. As emendas dos deputados federais também haviam sofrido cortes. Porém, na quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou que serão liberados R$ 1 bilhão das emendas dos deputados federais e senadores. Mas, este valor é referente às emendas do ano passado ou de anos anteriores que ficaram pendentes. Além disso, haverá prioridades no pagamento de acordo com a relevância da destinação do dinheiro. O contingenciamento de verba vem afetando todos os governos, seja ele federal, estadual ou municipal. Com isso, as prefeituras enfrentam problemas para gerenciar orçamentos e obras que vão ser iniciadas ou estão em andamentos. Muitos prefeitos estão tomando medidas drásticas de cortes de funcionários e de projetos para que obras importantes não sejam prejudicadas. Outra notícia divulgada ontem é que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também vai ser impactado, com o corte de 55% do valor previsto para o investimento. O bloqueio adicional anunciado pelo governo prevê corte de R$ 4,66 bilhões. O bloqueio de verbas no Executivo soma R$ 8,47 bilhões. Considerados os demais poderes, o contingenciamento atinge R$ 8,6 bilhões. Diante deste cenário, o que se espera é que os governantes saibam dosar os cortes para que a população não seja prejudicada.