A abertura oficial dos Jogos Pan-Americanos 2015 do Canadá será hoje, às 21 horas (horário de Brasília), com um espetáculo organizado pelo Cirque du Soleil, uma das maiores expressões artísticas do país norte-americano. Pela terceira vez, o Canadá vai ser o anfitrião dos Jogos Pan-Americanos. O país já recebeu o torneio em 1967 e 1999. As duas vezes em Winnipeg, na província de Manitoba. A competição ocorre pela primeira vez em Toronto, a maior cidade canadense, com cinco milhões de habitantes. Durante 16 dias, cerca de seis mil atletas de 41 nacionalidades das Américas vão disputar pódio em 36 esportes. Antes da abertura, já houve competição e com participação do Brasil. O Brasil vai participar dos jogos com uma delegação de 600 atletas. É a segunda maior participação brasileira em Pan-Americanos, perdendo apenas para os Jogos feitos no Rio de Janeiro, em 2007, quando a delegação brasileira reuniu 670 atletas. O objetivo do Brasil é superar o número de 141 medalhas conquistadas no Pan de 2011, em Guadalajara, no México, e preparar novos atletas para as Olimpíadas de 2016. TOP 3 O chefe da delegação brasileira em Toronto, o medalhista olímpico Bernard Rajzman, reiterou a intenção do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em terminar no Top 3 do quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos. A disputa brasileira pelo posto será com Cuba e Canadá, já que nenhuma delegação tem a pretensão de tirar os Estados Unidos do topo - fato que aconteceu apenas duas vezes na história da competição. "Temos a maior delegação esportiva do Brasil de todos os tempos. São 590 atletas, com quase mil integrantes. Uma equipe muito grande e muito preparada. Fizemos um trabalho muito forte, importamos muitos treinadores estrangeiros, quase 50, e isso fez com que o Brasil tivesse uma melhora muito grande nos resultados", comentou Bernard, que também é dirigente do COB e do Comitê Olímpico Internacional (COI). "Depois dos Jogos de Londres, em 2012, no primeiro ano de ciclo olímpico, tínhamos uma média de medalhas de sete a nove a nível mundial em esportes olímpicos. No ano de 2013, tivemos 27, triplicamos o número. É um indicativo de um trabalho muito sério que está sendo feito por todo movimento olímpico brasileiro", afirmou. O chefe da delegação brasileira minimizou, inclusive, o fato de nem todas as modalidades estarem em Toronto com força máxima, já que algumas resolveram priorizar outras competições. "Não está (com equipe completa), mas da mesma forma outras equipes não estão. O fato é que a gente tem a referência do nosso trabalho desenvolvido. A gente sabe o quanto trabalhou para isso, os resultados têm surgido e a nossa confiança é total de que a gente vai estar lá (no Top 3)", declarou Bernard. "Os nossos amigos de Cuba e Canadá disseram que querem ser segundos, mas nós também queremos. Faltou combinarem com a gente, que também quer. Isso é o que faz o esporte ser o que é, uma competição saudável que no campo é uma guerra, mas do lado de fora está todo mundo abraçado", destacou o dirigente.