A jogadora da seleção brasileira de voleibol sentado Nathalie Filomena inicia amanhã, em partida contra Cuba, a disputa dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, que começam hoje no Canadá. Nathalie, que treina e vive em Suzano e compõe o time feminino do Brasil, participa pela primeira vez de um Parapan e diz que a sensação de defender o Brasil e representar Suzano em uma competição de grande porte é "simplesmente incrível". "É meu primeiro Parapan. É quase inexplicável e um sonho de qualquer atleta participar de uma competição dessa magnitude. Me sinto lisonjeada de levar nome da cidade onde moro e treino, e com certeza quero levar para o lugar mais alto do pódio", afirma a atleta, que joga na posição de ponteira passadora. Nathalie, que tem 25 anos, mora em Suzano há três anos e atua pelo Sesi. Ela conta que pratica voleibol sentado há dez anos, mas jogou vôlei em pé desde os 8 anos de idade. Uma das maiores dificuldades dos para-atletas, segundo Nathalie, é a falta de apoio e estrutura. "O investimento é muito pequeno em comparação com outros esporte olímpicos e não-olímpicos. Temos pouca visibilidade, tanto da mídia como de patrocinadores. Desta forma, muitos atletas não conseguem se dedicar somente ao esporte e, por muitas vezes, têm que fazer jornadas duplas, de treino e trabalho, para conseguirem se manter. Nós recebemos uma bolsa-atleta que não chega todo mês, e é um dinheiro que não dá para contar", diz Nathalie. Sobre a competição do Parapan, a atleta diz que o nível de disputa é alto e que a seleção brasileira não terá vida fácil. "O Brasil não é o favorito para o ouro, pois teremos que passar pelos Estados Unidos, que são os atuais vice-campeões paralímpicos. Será uma disputa difícil, mas acredito no trabalho da equipe", completou Nathalie.