O Atletismo está recebendo projetos e investimentos em torno de R$ 70 milhões do Ministério do Esporte. Ao todo, são 15 pistas de atletismo entregues em 11 estados brasileiros. Nove delas já incluídas entre as opções oferecidas pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para aclimatação de delegações estrangeiras antes das competições. Eles integram a Rede Nacional de Treinamento, aposta do governo federal como legado de infraestrutura esportiva e de nacionalização dos efeitos dos Jogos Rio 2016. A mais recente instalação a compor a lista é a pista da Universidade Federal de Santa Catarina, inaugurada na última semana. Em parceria com governos estaduais e municipais, universidades, clubes, federações e com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), o governo federal repassa recursos do Orçamento Geral da União e via Lei de Incentivo ao Esporte para obras, equipagem e operação das pistas. Além das instalações já entregues, outras 30 pistas estão previstas. Algumas delas em estágio avançado de obras, outras em fase de elaboração de projetos e outras em processo de licitação. Apenas em universidades – federais ou estaduais – o investimento total é estimado em R$ 160 milhões, levando em conta as estruturas já entregues e as por finalizar. Em geral, as pistas podem abrigar provas de corrida, saltos (em altura, distância e triplo), arremesso de peso e lançamentos de dardo, martelo e disco. “A nossa intenção é que, com o passar dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, essa rede nos permita democratizar e popularizar o esporte para a base. Teremos os Centros de Iniciação ao Esporte e, também, outras estruturas menores que vão contar com o suporte tanto do Centro Olímpico de Treinamento, no Rio de Janeiro, como dos centros de treinamento que vamos criar nos estados”, afirma o ministro do Esporte, George Hilton. “As pistas podem contribuir de forma excepcional para a popularização do atletismo, se forem abertas para atletas treinarem e para as atividades das federações, de forma a se ter escolinhas e a sequência de treinamento nas diversas categorias. ”, diz Martinho Santos, superintendente técnico da CBAt.
Nacionalização Em processo de estruturação, a Rede Nacional de Treinamento pretende interligar as diversas instalações existentes ou em construção em todo o País. A rede contará com diferentes padrões de estruturas e atenderá dezenas de modalidades, desde a fase de detecção e formação de talentos até o treinamento de atletas e equipes olímpicas e paraolímpicas. Os 265 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs) também integrarão a Rede Nacional de Treinamento. Do total de CIEs, 150 terão minicomplexos de atletismo de 100 metros, com área para saltos e lançamentos. Os CIEs servirão para a iniciação, identificação de talentos e formação de atletas em modalidades olímpicas e paraolímpicas, mantendo conexão com escolas e núcleos de esporte social e comunitário. O governo federal está investindo mais de R$ 600 milhões na construção desses centros, que integram a fase 2 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).