O adversário da seleção brasileira hoje, às 18h30 (de Brasília), no Estádio Ester Roa, em Concepción, no Chile, pelas quartas de final da Copa América, não é só o Paraguai. A equipe também enfrenta a desconfiança após a saída de Neymar e a pressão para resgatar o prestígio depois da Copa do Mundo. O jogo é o primeiro eliminatório do técnico Dunga desde seu retorno. Ontem, o treinador se mostrou incomodado com a pressão e defendeu seus comandados, fazendo referências às gerações anteriores da Seleção. "Eles (os jogadores) têm uma pressão muito grande depois da Copa. Se a Seleção boa não ganhou, como colocar uma pressão na ruim? Temos de olhar o futebol de um jeito diferente. Técnica e talento são bons, mas não o suficiente para escolher um time", afirmou o treinador. A pressão é mais aguda porque a equipe tem vários desfalques em relação ao ideal como Danilo, Luiz Gustavo e o próprio Neymar e vai enfrentar um rival cascudo, invicto na Copa América e o responsável pela eliminação do Brasil em 2011, na Argentina, na disputa por pênaltis também das quartas de final. Dunga não deu pistas sobre a escalação, mas afirmou que vai levar em consideração o aproveitamento dos jogadores e as particularidades do Paraguai. "Fizemos treinos pensando em como a Seleção joga, seus pontos fortes, adversário e também sobre situações de jogo". O lateral-esquerdo Filipe Luis afirmou que o treinador evoluiu nos últimos anos. "Entramos em campo muito mais preparados, sabendo o que o adversário vai fazer. Não temos surpresa".