A greve dos garis, que atinge o Estado desde segunda-feira, chegou ao Alto Tietê na última quarta. Na região, Suzano, Poá e Arujá são os municípios que contabilizam funcionários em greve. Ao todo, são 110 profissionais paralisados. De acordo com a Pioneira, empresa responsável pelo serviço em Suzano e Poá, 90 trabalhadores responsáveis pela limpeza pública aderiram à iniciativa. Já a CS Brasil, responsável por Arujá, afirma que, em média, 20 funcionários interromperam as atividades. Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos afirmam que não há greve nos respectivos municípios e ressaltam que todos os serviços relacionados à limpeza de ruas e coleta seletiva são realizados sem interrupção. "Em Mogi o trabalho é desenvolvido por empresa terceirizada", completa a Secretaria de Serviços Urbanos. Segundo a Pioneira, 70% dos garis estão na ativa. "As Prefeituras de Suzano e Poá têm, juntas, 300 funcionários, sendo que, por determinação judicial, mantemos 70% trabalhando. Até o momento, nenhum bairro sofreu paralisação ou transtorno em decorrência da greve", explica. A empresa aponta que a categoria reivindica 11,73% de aumento em todos os benefícios. Em Arujá, segundo a Prefeitura, a CS Brasil, responsável pelo serviço, tem a variação diária de 20 garis em greve de um total 68. A administração frisa que não há prejuízos na limpeza pública, pois uma liminar detém 70% do efetivo na manutenção do serviço. "Assim que soube da paralisação, a CS Brasil contratou 30 funcionários temporários para suprir a necessidade do município", afirma. NEGOCIAÇÃO O Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur), afirma que o setor pode oferecer o reajuste máximo de 7,68%. O presidente do órgão, Ariovaldo Caodaglio, atenta que o País atravessa um momento econômico delicado e os municípios já estão com os orçamentos sobrecarregados. "Não há condição das prefeituras fazerem esse repasse. O que oferecemos é o INPS do período acima da inflação", completa.