Na manhã de ontem, o prefeito de Poá, Marcos Borges (PPS), visitou a Unidade Básica de Saúde (UBS) Tito Fuga no bairro de Calmon Viana, e em conversa com pacientes poaenses explicou as providências que tomou para desmontar a suposta quadrilha que desviou R$ 32 milhões dos cofres públicos. Por meio do decreto nº 35.874, de 12 de junho de 2015, Borges nomeou a Comissão Especial Sindicância que está apurando as irregularidades referentes ao Processo Administrativo nº 9.021 de 2015, que trata de falhas na área da saúde, conhecida como a "Máfia do Avental Branco", referenciada ao pagamento de horas extras pagas e não trabalhadas por alguns servidores do serviço de saúde municipal. A comissão tem a função de apurar com detalhes dos envolvidos o desvio do dinheiro que se deu por meio do pagamento de horas extras a funcionários de qualificação de nível técnico e superior, chegando ao gasto mensal de R$ 1 milhão e que pode passar dos R$ 32 milhões. As irregularidades foram confirmadas após o prefeito solicitar um diagnóstico total financeiro e organizacional da Secretaria de Saúde para entender o porquê dos serviços e o atendimento não alcançarem o projeto que ele tem almejado para a população da cidade, e ao receber o diagnóstico com as falhas no sistema da secretaria diante da necessidade e dever de prestar a melhor qualidade de atendimento, instituiu uma série de auditorias para certificar-se das denúncias diagnósticas, e, por meio destas, ficou confirmado um rombo no orçamento que vinha ocorrendo desde o ano de 2009. Borges determinou administrativamente providências com a suspensão do esquema fraudulento e desmontou todo esquema para que averiguações mais abrangentes fossem realizadas, promoveu a nomeação de membros para comporem uma Comissão de Sindicância que investiga o caso na Prefeitura. "Quase uma década de desvio de dinheiro público. Isto não podia continuar prejudicando a população. Com este dinheiro seria possível realizar grande investimentos na Saúde com a construção de novas unidades básicas, a implantação de novos projetos, contratação de mais médicos sérios e especialistas entre tantos outros benefícios que a população tem o direito de ser contemplada", concluiu o prefeito.
COMUNICADO Em comunicado enviado ontem pela Prefeitura, a administração municipal diz que “como medida cautelar, devido ao não cumprimento regular da jornada de trabalho especialmente de médicos, a Prefeitura buscou por meio do processo licitatório a contratação de empresa médica por noventa dias para cobertura de possíveis ausências de médicos que insistem em descumprir sua jornada. Em consequência da nova postura com relação ao cumprimento de horas trabalhadas, cinco médicos solicitaram demissão nos últimos vinte dias”. A nota diz ainda que “a licitação da empresa médica foi contestada(por um instituto condenado pela Justiça e por um político, também médico, suspeito do esquema na fraude), junto ao tribunal de contas, que em razão de suas atribuições suspendeu temporariamente o pregão até que as justificativas sejam apresentadas e esclarecidas.”