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Região

Poá vai apurar rombo de R$ 30 mi na Saúde

27 junho 2015 - 08h00

 O esquema que gerou a Máfia do Avental Branco com o pagamento de mais de R$ 32 milhões do dinheiro público na Prefeitura de Poá de 2009 a maio de 2015, em horas extras somente na Secretaria de Saúde do município, está em processo de Sindicância no Executivo Municipal. Desde que Poá foi abalada com o afastamento e posterior cassação do ex-prefeito Francisco Pereira de Souza (SDD), o Testinha, por improbidade administrativa, a nova gestão passou a ser conduzida pelo vice e, hoje, prefeito, Marcos Borges (PPS), que iniciou, em outubro de 2014, uma série de auditorias internas para apurar outras possíveis irregularidades. Em uma destas auditorias na pasta de Saúde para detectar falhas no sistema em busca de melhorias nos serviços, o atual secretário de Saúde, Marco Antônio Grandini Izzo, e o diretor Alexandre Cardani, descobriram um rombo no orçamento que estaria gerando gasto mensal de R$ 1 milhão apenas com o pagamento de horas extras de médicos, técnicos laboratoriais e radiológicos. Ao verificar os holerites, a Prefeitura descobriu funcionários de qualificação de nível técnico com salários base de R$ 2.475 ganhando até R$ 19 mil, sendo que para o exercício da profissão, a legislação não permite ultrapassar seis horas de trabalhos diários pela exposição à radiação dos aparelhos. E ainda, servidores registrando cargas horárias de 24 horas consecutivas cinco dias por semana com acréscimos ainda de mais de 100 horas extra ao final do mês, o que daria não um dia com 24 horas e sim, 43 horas trabalhadas por dia. No esquema dos médicos, o salário base de R$ 3,9 mil, chega a números exorbitantes de acúmulos de até 400 horas/mês extras, somando salários de R$ 44 mil reais assinando plantões de 12 horas, nas quais trabalhavam apenas quatro horas, seguindo para outros pontos em horários simultâneos no qual um médico dava continuidade ao plantão do outro. Segundo o atual prefeito, com estes R$ 32 milhões, em uma cidade como Poá, com aproximadamente 110 mil habitantes, seria possível construir 8UPA's - Unidades de Pronto Atendimento no quadrante estratégico do município para cobrir toda população e diminuir o números de pessoas e a demora no atendimento do hospital municipal, ou ainda,20UBS's - Unidades Básicas de Saúde em 100 % dos bairros da cidade atendendo até 340 mil pessoas por ano, ou seja, três vezes a população da cidade, ou então, contratar até seis vezes mais o números de profissionais do quadro clínico de médicos e técnicos atual e comprar aparelhos de última geração para exames na rede municipal de saúde. Acredita-se ainda que o esquema da máfia das horas extras está além da secretaria de saúde, sendo uma prática governamental que era aplicada em todo o governo como forma de potencializar salários de servidores privilegiados. A Prefeitura já publicou e instaurou a sindicância no dia 12 de junho para apurar a denúncia e identificar (o) ou os culpados e encaminhar a denúncia para o Ministério Público.

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