A Delegacia da Receita Federal (DRF) em Guarulhos fechou, ontem, 100 empresas "de fachada" em Poá, dentro da Operação Fachada Virtual. A iniciativa, que visa combater fraudes fiscais, foi realizada em três bairros: Vila Monteiro, Vila Gonçalves e Centro. Amanhã, a operação terá continuidade para fiscalizar outras 165 empresas suspeitas de fraudes. Dentre os locais selecionados, constam desde consultorias de informática até empresas constituídas por ex-jogadores de futebol. As informações foram passadas pelo delegado Paulo Antonio Espíndola González e pela assessoria de imprensa da DRF. Os agentes identificaram os locais a partir do cruzamento de dados dos sistemas informatizados da Receita Federal. Por meio dele foram identificadas 265 empresas dos mais variados segmentos econômicos com indícios de inexistência de fato. Conforme explicado pela assessoria de imprensa da DRF, as empresas fraudulentas geralmente são constituídas para a emissão de notas fiscais frias ou para a dissimulação de vínculo empregatício com o objetivo da diminuição de encargos trabalhistas, a chamada "pejotização". "Os contadores responsáveis pelas empresas serão convocados para prestarem esclarecimentos à Receita Federal, tendo em vista suas responsabilidades civis. A operação tem o intuito de verificar se as empresas existem e se há compatibilidade entre sua capacidade operacional e os dados declarados ao fisco", atentou em nota.
MAIO Em maio, a DRF realizou operação semelhante, a "Caça Laranja". Na época, 278 empresas endereçadas em Suzano, Itaquaquecetuba e Guarulhos foram alvos de vistorias. Em 2014, elas foram responsáveis por movimentar R$ 6 bilhões. As empresas que foram consideradas inexistentes tiveram o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) imediatamente suspenso, impedindo que continuassem a emitir documentos fiscais.