O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) critica a bonificação que os professores e demais funcionários da rede estadual de educação vão receber nesta quinta-feira (29). Para a entidade, o ideal seria um aumento real.
A bonificação é pelos serviços prestados em 2021. A Secretaria Estadual da Educação (Seduc), vai disponibilizar R$ 193 milhões que serão divididos entre os 116 mil funcionários.
Para a presidente do sindicato, Ana Lúcia Ferreira, que coordena a subsede de Suzano, o bônus não atende o mesmo valor para os funcionários. Ela conta que professores já relataram que receberam R$0,92 de bonificação.
“Não concordo com esta bonificação. Se o governo tem dinheiro para o bônus deveriam fornecer o reajuste salarial. Pedimos 36% contabilizado pela inflação. Achei um absurdo ter essa diferença, todos deveriam receber a mesma quantidade de bonificação”, disse.
O valor de R$ 193 milhões que será pago neste ano é mais baixo se comparado ao oferecido pelo governo em 2020. Na ocasião, a Seduc destinou R$ 350 milhões para 166 mil servidores --média de R$ 2.000 mil para cada um, distribuídos com base nas notas do Ideb de 2019.
Ana Lúcia ainda destaca que a Apeoesp continuará na luta para um reajuste salarial no próximo ano. Mas afirma que os professores não têm expectativa de melhoria para a categoria na gestão do novo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Vamos continuar lutando para que haja um reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho. No entanto, não tenho esperança que o novo governador vai atender nossas demandas”, comentou a presidente do sindicato.
São Paulo voltou a melhorar a avaliação no ensino médio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021, atingindo a marca de 4,4 pontos, após registrar o maior crescimento da história das escolas estaduais neste ciclo de ensino em 2019.
