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Cidades

Atraso em obra do Sistema Alto Tietê faz Sabesp pedir mais água do Cantareira

30 julho 2015 - 08h01

Prevendo novo atraso na transposição de água da Represa Billings para o Sistema Alto Tietê, principal obra para evitar o rodízio neste ano, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) quer aumentar a captação do Sistema Cantareira em agosto e suspender a redução que havia sido determinada para setembro pelos órgãos reguladores. Em ofício encaminhado ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo paulista, e à Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, a Sabesp pede o aumento da retirada máxima de água permitida do Cantareira para 14,5 mil litros por segundo no próximo mês e que, a partir de setembro, o limite disponível para abastecer a Grande São Paulo volte a ser de 13,5 mil litros por segundo (l/s). Os dois órgãos acolheram o pleito da empresa. Em maio, ambos haviam definido que a captação máxima pela Sabesp seria de 13,5 mil l/s entre junho e agosto, e de 10 mil l/s entre setembro e novembro deste ano. A decisão foi tomada para tentar acelerar o processo de recuperação do Cantareira, que ainda opera com 10,5% de capacidade negativa, ou seja, dentro do volume morto, e seguiu o cronograma de entrega de obras emergenciais prometidas pela Sabesp. A principal delas é a transposição de 4 mil l/s do Sistema Rio Grande, braço da Billings, para a Represa Taiaçupeba, do Sistema Alto Tietê, que havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio deste ano. Em abril, a Sabesp admitiu o atraso e informou que a conclusão ocorreria em agosto. Já Alckmin disse que a conclusão seria, no máximo, em setembro. De acordo com a estatal, o objetivo da obra, orçada em R$ 130 milhões e contratada sem licitação, é levar mais água para o Alto Tietê, que não está operando com sua capacidade máxima porque está com baixo nível de armazenamento (18,5%) para que ele possa socorrer bairros atendidos pelo Cantareira e reduzir ainda mais a dependência do manancial em crise. Em maio, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, classificou a obra como um "projeto de bombeamento simplérrimo" que "não tem nenhum dificuldade de ficar pronta a tempo". Agora, porém, a companhia afirma que precisará de mais água do Cantareira porque não conseguirá concluir a obra dentro do último prazo anunciado e porque o Sistema Alto Tietê está em situação crítica. Na prática, a transposição terá de socorrer o Alto Tietê primeiro. SABESP Em nota, a Sabesp informou que a transposição "entrará em operação assistida em setembro" e que "trata-se de obra de grande porte que demandou autorizações da Petrobras na parte terrestre e licenças ambientais para que tivesse início". O Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) divulgou nota à imprensa anunciando a alteração dos limites de retirada, mas sem explicitar o motivo Segundo o departamento, os órgãos reguladores "estão preocupados com a preservação e manutenção do complexo, mas sem descuidar do abastecimento público". Procurado, o presidente da ANA, Vicente Andreu, confirmou que o atraso da obra da Sabesp foi um dos motivos alegados no pedido e disse que o aumento da captação "agrava a situação do sistema e exige um acompanhamento mais rigoroso do manancial".

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