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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Cidades

Comerciantes do Maria Helena seguem sem clientes

Via teve queda no movimento de clientes desde a inauguração da nova estação de trem

25 outubro 2020 - 09h00Por Daniel Marques - de Suzano
Portas fechadas, dezenas de placas de “aluga-se” e rua vazia. Este é o cenário melancólico da Rua Benedito Gonçalves Pereira, no Parque Maria Helena, em Suzano. 
 
A via teve queda no movimento de clientes desde a inauguração da nova estação de trem da cidade, ocorrida em 2016, resultando no fechamento de mais de 25 pontos comerciais.
 
Com o passar do tempo, a situação só piorou. Atualmente, a única coisa que “segura” clientes no local é o restaurante Bom Prato, que fica na Rua Major Pinheiro Fróes, próximo à via. Os comerciantes veem, naqueles que almoçam ali, a esperança por dias melhores.
 
Além de quem usa o Bom Prato, há clientes fiéis que, mesmo após a mudança do local da estação, ainda preferem andar um pouco mais para comprar na Benedito Gonçalves Pereira. Moradores próximos são algumas dessas pessoas.
 
Mas nada se compara ao que era antes. A tristeza no olhar dos poucos comerciantes que restaram na via é evidente. São pessoas que não têm condições de mudar de ponto ou que preferem permanecer e aguardar uma virada no cenário. “Aqui, o movimento morreu. A rua está abandonada. O pessoal usava a passarela (da estação) para atravessar. Agora, é preciso dar a volta para ir ao outro lado. Até o movimento na Benjamin (Constant) caiu um pouco ali no começo. Os políticos fizeram um monte de promessas e nada. A única coisa que segura o movimento aqui é o Bom Prato. Quando ele acabar, a rua estará sepultada”, lamenta o comerciante Orlando Coutinho Barroso, 71. O movimento no açougue onde Valdecir Rodrigues dos Santos, 50, trabalha chegou a cair 80%. Hoje, sobraram apenas os clientes fiéis. 
 
“Ficou deserto depois que tiraram a passarela. Aqui tinha parada de táxis e carros. Quase todos os comércios desta rua fecharam. Era um local muito disputado. Hoje são apenas fregueses fiéis, a clientela que passava, não passa mais”. A aposentada Claudemira de Souza Soares, 61, diz que gostaria que as lojas fossem reabertas, principalmente pela proximidade com sua residência.
 
“Como a gente é morador do bairro, gostaríamos de encontrar as coisas aqui perto. Agora, temos que atravessar para o outro lado. A gente também fica triste com os vendedores que dependiam disso. Fico muito triste quando vejo as portas fechadas assim”, disse.

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