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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Cidades

Distrito de Palmeiras tem cinco casos confirmados de leishmaniose

Mais 100 amostras de animais seguem em análise

23 abril 2018 - 22h40Por Marília Campos - De Suzano
A Vigilância de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Suzano confirmou cinco casos de leishmaniose em animais, no Distrito de Palmeiras. De acordo com a pasta, o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, ainda coletou preventivamente mais 100 amostras para análise por meio da averiguação de exames feitos nos bichos. A suspeita de ocorrência da doença em humanos ainda não foi verificada na cidade. Todos os cinco cães infectados pertencem a um único dono, que costumava levar os animais para regiões ermas do país. Segundo a administração municipal, o mosquito transmissor da moléstia não é verificado em território suzanense há uma década. 
 
A presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ariana Anari Gil, denuncia dois casos ocorridos neste ano com cães caçadores. Segundo a presidente, os animais foram sacrificados por conta da doença. "Esses animais sacrificados foram levados para caça, não ficaram apenas no bairro", justificou a possibilidade de os bichos terem adquirido o protozoário em região mais afastada.
 
Contudo, a partir da atualização dos dados que apontam cinco casos confirmados em Suzano, Ariana também tem se articulado judicialmente a fim de estimular intervenções voltadas ao assunto. A presidente explicou que a participação de um oficial de justiça seria fundamental para confirmar esses casos junto à administração municipal, de forma a intensificar as ações preventivas no município, como a possibilidade de acesso à vacinação, implantação de coleiras contra insetos e também a instalação de armadilhas para o mosquito transmissor. "Quem determina é o juiz, eu solicitei (um oficial de justiça para acompanhar a situação)". Segundo o departamento responsável, os agentes de fiscalização de Zoonoses têm trabalhado na região para alertar proprietários de animais sobre os riscos de contaminação, além de orientar sobre os cuidados necessários para prevenção. 
 
Em Suzano, a administração segue a indicação do Conselho Federal de Medicina Veterinária e o Ministério da Saúde quanto à eutanásia nos bichos infectados. "Caso o proprietário dos animais prefira, ele deve arcar com eventuais despesas no tratamento e isolamento físico. Já em um eventual caso de leishmaniose em humanos, o paciente deve procurar o Serviço Único de Saúde (SUS) para a realização dos exames e tratamentos, que ficarão a cargo do sistema federal". 
 
Eutanásia
A doença também é pauta na Comissão de Proteção e Defesa Animal, que orienta quanto ao sacrifício dos animais. De acordo com Ariana, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) assegura o tratamento e contraprova da leishmaniose. Ou seja, o dono do bicho pode propor um segundo exame e não é obrigado a submeter o animal à eutanásia. Diante do medicamento Milteforan, aprovado no país, o responsável pode acionar a justiça caso o Poder Público negue a possibilidade de tratamento. 

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