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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Cidades

Fase laranja volta a colocar em risco mil comércios, alerta Sincomércio

Medidas de restrições atingem principalmente bares e restaurantes, segundo presidente de sindicato

01 março 2021 - 22h45Por Matheus Cruz - de Suzano
O Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio) recebeu com preocupação a notícia da regressão das cidades do Alto Tietê para a Fase Laranja do Plano São Paulo. Com a reclassificação, a entidade estima que cerca de mil estabelecimentos da região – que correspondem a bares e restaurantes – deverão fechar suas portas definitivamente, além de pelo menos três mil funcionários que poderão perder seus empregos. 
 
As novas medidas passaram a valer a partir desta segunda-feira (1º). Na nova fase, Suzano e os munícipios da região têm o funcionamento dos serviços não essenciais limitado até oito horas por dia, além de manter o atendimento presencial com, no máximo, 40% da capacidade e o encerramento até as 20h. O atendimento presencial em bares também está proibido, o que representa preocupação por parte do Sincomércio. 
 
“Podemos estimar que cerca de mil estabelecimentos poderão fechar suas portas definitivamente na região. Fora que pelo menos três mil pessoas perderão seus empregos. Os donos de bares e restaurantes ainda estavam contando os prejuízos, quando essa notícia chegou de surpresa”, destacou Valterli Martinez, presidente do sindicato.
 
A regressão para a fase laranja ocorre no momento em que os indicadores apontam o aumento do número de casos de covid-19 e a lotação de UTIs, que está subindo nas últimas semanas. Apesar disso, o representante da entidade avalia que a medida foi tomada de forma irresponsável, já que a maioria dos estabelecimentos seguem os protocolos sanitários.
 
“Estamos falando de estabelecimentos que seguem as medidas recomendadas. Já foi provado que quem provoca aglomeração não é o comercio, e sim as festas clandestinas, os comércios irregulares. Mais uma vez estão punindo os comerciantes”, lamentou. 
 
Critérios
 
Desde o início da pandemia, o sindicato vem atuando constantemente na cobrança pela adoção de melhores critérios de redefinição do Plano São Paulo por parte do Governo do Estado. Com a série de redefinições entre fase vermelha, laranja e amarela, os comerciantes ficam incapacitados de realizarem um planejamento mínimo de finanças ou nos estoques, explica Valterli.
 
“Cada vez que mudam de fase são empregos que são perdidos, estabelecimentos fechados e pessoas que ficam sem renda. Precisamos de clareza. Eles precisam lembrar que o comercio representa 17% do PIB nacional. Quando a pandemia acabar, teremos reflexos por anos desses fechamentos”, disse. 
 
Auxílio
 
No início de fevereiro, o governador João Doria anunciou um pacote emergencial para apoiar os empreendedores dos 645 municípios paulistas que mais foram impactados pela pandemia do coronavírus. Entre as novas medidas estão a liberação de R$ 125 milhões pelo Banco do Povo e pelo DesenvolveSP. Apesar disso, o auxilio não atingirá todos os comércios, aponta o porta-voz do Sincomércio. 
 
“É uma ajuda excludente, já que só vai beneficiar quem não tem dívidas. Neste momento de pandemia, quem não tem dívidas? ”, finalizou o presidente da entidade.