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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Cidades

Fechamento sem aviso prévio vai deixar 9 mil sem refeições em 5 dias

Revitalização da cozinha ocasionou o fechamento do local entre os dias 10 e 14 de janeiro

12 janeiro 2022 - 22h10Por Matheus Cruz - de Suzano
A unidade do Bom Prato de Suzano deve deixar de servir pelo menos 9 mil refeições durante os cinco dias em que ficará fechada para reformas. A revitalização da cozinha ocasionou o fechamento do local entre os dias 10 e 14 de janeiro. Neste período, a unidade deixará de atender a população em maior vulnerabilidade social, que depende exclusivamente do restaurante popular para se alimentar todos os dias.
 
Diariamente a unidade servia cerca de 1,8 mil refeições, entre cafés, almoços e jantares. A partir da próxima segunda-feira (17), a obra passa a ser realizada em outras partes da unidade e as refeições serão distribuídas por meio de embalagens descartáveis. A previsão para finalizar a revitalização é no final de fevereiro.
 
O fechamento pegou de surpresa os moradores de Suzano, que demonstram compreensão da necessidade da reforma, mas cobram opções de alimentação até que a reforma seja concluída.
 
“Ninguém é contra as melhorias. É muito bom que tenha reforma para atender melhor, isso é claro. Mas isso não justifica deixar as pessoas sem opção de alimentação. Quem não tem dinheiro para restaurante, como fica? ”, questiona a aposentada Ana Lúcia Nascimento, 56.
 
O promotor de vendas Márcio Ramos do Nascimento, 46, também foi pego de surpresa com o fechamento da unidade. Ele conta que tradicionalmente almoça no local às quartas-feiras, quando o prato do dia é feijoada. Nesta semana, contudo, o promotor não conseguiu comer seu prato predileto.
 
“O mais estranho é que não teve aviso prévio. Ninguém sabe o que está acontecendo ou até quando vai ficar assim. A feijoada vai ficar para outro dia, agora vou ver o que faço, tentar comer outra coisa”, lamenta.
 
Seguindo a mesma linha, o aposentado Francisco Benedito de Lemos, 70, também cobra a falta de aviso do fechamento da unidade. Apesar de defender a reforma, ele avalia que o processo poderia ocorrer de forma mais organizada.
 
“Não faz sentido você melhorar alguma coisa mas causar danos a outros. Tem gente sem dinheiro para comer, e aqui é a única opção. Acho que ninguém discorda que precisa mesmo de reforma, mas a prioridade é manter a alimentação do povo”, reclama.
 
Além do Bom Prato, o aposentado Sílvio Rogério Barbieri, 66, também cita a falta de responsabilidade com a população por parte do Bom Prato. Ele lamenta o ocorrido, e também pede soluções à Prefeitura.
 
“Tudo bem que (o espaço) é do Governo, mas a Prefeitura também poderia fazer alguma coisa, dar opção para as pessoas. Quem vem aqui todos os dias vê a fila, só vem quem realmente precisa”, conta

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