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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Cidades

Guia de turismo de Suzano faz análise de estrutura em Capitólio

Fernando Bomfim é guia de turismo experiente e faz fotografias da natureza. Costuma ir para a cidade de Capitólio

16 janeiro 2022 - 10h00Por Matheus Cruz - de Suzano
O suzanense e guia de turismo experiente, Fernando Bomfim, fez uma análise do local do acidente de Capitólio, ocorrido no último sábado (8), e que causou a morte de dez pessoas em Minas Gerais. Em entrevista ao DS nesta semana, o guia destacou importantes orientações aos turistas que pretendem viajar o país. Mas, também apontou algumas falhas que poderiam melhorar. 
 
Atualmente o guia possui uma empresa de turismo, onde já foram realizadas diversas excursões para Capitólio. Em média, os passeios são feitos com cerca de 40 pessoas. Região de cerrado, ele conta que o passeio atrai turistas pela quantidade de cachoeiras e cânions que chamam a atenção pela beleza natural. “É um lugar muito lindo, uma região de cânions. O paisagismo é totalmente diferente do que estamos acostumados de ver, principalmente aqui na nossa região de São Paulo. É uma beleza inigualável”, relata.
 
De acordo com o guia, ele começou a oferecer roteiros turísticos pela cidade ainda em 2012, quando a cidade passou a ser visitada com mais frequência por um número maior de pessoas de vários lugares do país.
 
“Nós vamos à cidade de Capitólio desde 2012, desde quando houve aquele ‘boom’ na região com relação ao turismo. Um dos grandes responsáveis por este ‘boom’ foi a empresa que eu trabalhava, de eco turismo”, conta.
 
Naquela época, o guia lembra que foi feito um planejamento de marketing específico para o local, feito para alavancar o turismo no local. Ele afirma que isso também foi um diferencial para que o destino fosse ainda mais buscado.
 
“Foi um grande sucesso. Antes disso nossa página no Facebook tinha cinco mil pessoas, e depois do plano de marketing chegou aos 100 mil curtidas. Isso foi gerando essa imagem de Capitólio”, explica.
 
Além das consequências e vidas perdidas em decorrência do acidente, o guia também lamenta que o fato tenha ocorrido justamente agora, um momento que o turismo no local começava a se profissionalizar de forma mais concreta.
 
“Essa tragédia é realmente triste porque o turismo estava começando a caminhar para o profissionalismo. No começo, quando levávamos a galera, você chegava lá e as pessoas colocavam a quantidade de pessoas que queriam nas lanchas, não tinha a preocupação”, detalha.
 
A mudança foi iniciada quando o número de casos de pessoas que tentavam subir nas pedras e acabavam se machucando cresceu. Com isso, a fiscalização foi ficando mais intensa.
 
“Eu já presenciei momentos em que a pessoa subiu, ele esbarrou na pedra e a pedra quase caiu em cima de outra pessoa. Por sorte, eu consegui puxar ela e a pedra pegou de raspão”, disse. Para evitar que mais acidentes como o registrado no último sábado ocorra, o guia defende que estudos sejam feitos no local, com geo mapeamento e fiscalização ainda mais ativa.

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