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Jornal Diário de Suzano - 01/05/2024
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Cidades

Sistema de trens de carga é incompatível para projeto de estação em Palmeiras

Conseg de Palmeiras vai iniciar, em fevereiro, uma campanha para a eletrificação da estrada de ferro que liga as duas cidades

25 janeiro 2020 - 23h00Por Daniel Marques - de Suzano
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) descartou a implantação de estação de trem em Palmeiras, assunto que voltou a ser falado nas redes sociais nos últimos dias. Em nota, a companhia diz que “o trecho férreo (que liga as cidades de Suzano e Rio Grande da Serra) pertence à MRS Logística, e os sistemas de trens de carga e de passageiros são incompatíveis”.
 
O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Palmeiras vai iniciar, em fevereiro, uma campanha para a eletrificação da estrada de ferro que liga as duas cidades, para o transporte de passageiros.
 
A ideia será colocada em pauta na reunião que acontece no próximo dia 28, às 19 horas, na Chácara do Amâncio (Rua Hélio, 469, na Estância Angelina).
 
A ideia do Conseg é solicitar ao Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) uma conversa com o Governo do Estado, a fim de conseguir realizar a demanda antiga da população do distrito de Palmeiras. O projeto conta com cinco estações no trecho. O trem sairia da estação Suzano, da Linha 11-Coral da CPTM, e passaria por três paradas, sendo uma no Raffo, uma em Palmeiras e uma na região de Ouro Fino, até chegar na estação Ribeirão Pires, da Linha 10-Turquesa.
 
Segundo o presidente do Conseg de Palmeiras, Gustavo Ferreira, a construção geraria uma economia de 40 minutos no trajeto entre as duas cidades e beneficiaria em torno de 12 mil pessoas que moram na região e trabalham no ABC.
"Já tem o trilho, falta só eletrificar. Essa obra traria um desenvolvimento enorme para a região. Tem chácaras em Palmeiras. Muitas pessoas saem da Baixada e voltam. Essa obra vai tirar muitos carros da estrada. É um investimento menor e um transporte mais econômico". 
 
Atualmente, a ferrovia é usada para transporte de cargas por parte da MRS Logística, concessionária que administra o trecho, e possui apenas uma via para os dois sentidos. Ferreira diz que é possível "fazer um horário para ambos os sentidos".
 
Segundo o presidente do Conseg, no inicio da privatização, houve exigência de que a empresa eletrificasse a malha ferroviária. "A CPTM não quer cobrar a MRS, mas é importante fazer este anel ferroviário". 
 
Ele ainda conta com a "boa vontade" do prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL), nas tratativas. "(Ashiuchi) Se preocupou com muitas outras questões. Contamos com ele, que é uma pessoa muito atenciosa. Vamos pedir uma reunião para criar uma comissão com todos os deputados da região. Todos serão beneficiados", diz.
 
Ferreira também se mostrou otimista com o posicionamento do Condemat. "Esperamos que o presidente Marcus Melo crie uma frente de trabalho para buscar esse projeto".
 
A MRS Logística informou que é a uma concessão federal para o transporte ferroviário de carga. “Os trechos operados pela companhia entre Suzano e Rio Grande da Serra têm essa finalidade - transporte de carga - e estão preparados apenas para essa função, que têm características bem distintas do transporte de passageiros”.
 
“A cidade de Ribeirão Pires já é atendida por uma concessionária de transporte de passageiros e, por mais compreensível que seja a demanda da população pela ampliação da oferta de serviços de transporte, a experiência cotidiana vivida no Estado de São Paulo indica de forma clara que a solução não passa pelo compartilhamento de linhas e sim por ações de segregação de linhas, isto é, investimentos na ampliação dos ramais e linhas férreas. Esse caminho - o da segregação de linhas - tem sido a estratégia do governo do São Paulo, que publicamente defende investimentos com esse perfil e é a quem cabe direcionar o pleito”.

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