A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Confederação Nacional de Saúde (CNS) lançaram hoje um documento com sugestões para superar as dificuldades econômicas e políticas enfrentadas pelo país.
O texto, intitulado Carta à Nação, cobra que as forças políticas trabalhem para a correção de rumos no Brasil. "É uma tarefa que se inicia pelo Executivo, a quem cabe o maior papel nessa ação, mas exige o forte envolvimento do Congresso, Judiciário e de toda a sociedade", diz o texto.
A carta pede ainda a sensibilidade de políticos eleitos para a implementação de uma agenda que abra caminhos para a superação de crises e para a recuperação da confiança dos brasileiros. Entre as estratégias defendidas no documento estão a reforma ministerial, a reforma tributária e fortes investimentos em infraestrutura junto à iniciativa privada nacional e estrangeira.
O presidente da OAB, Marcus Vinicius Coêlho, destacou que, com a publicação da carta, foi formado um fórum permanente de apresentação de propostas para que a sociedade tenha um papel ativo na construção da democracia. Segundo ele, um pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não está na pauta do fórum.
"Queremos um diálogo onde as ideias sejam realmente ouvidas e levadas em conta. Não um diálogo de faz-de-conta", disse. "A disputa política não pode atingir o emprego dos brasileiros", reforçou Coêlho.
O presidente da CNI, Robson Braga, avaliou que o país passa por um momento de pouca esperança e pessimismo generalizado. A ideia do fórum, segundo ele, é contribuir para enxergar de maneira mais rápida o que chamou de "luz no fim do túnel". "Esta é uma oportunidade para trabalhar medidas estruturais, que possam fazer governança e governabilidade", explicou.
De acordo com a OAB e as confederações envolvidas, outras entidades poderão futuramente integrar o fórum. A Confederação Nacional da Agricultura, por exemplo, apoiou o documento e deve participar das discussões propostas pelo fórum.
O primeiro encontro está marcado para ocorrer no dia 9 de setembro e deverá contar com a presença de especialistas do Judiciário e do Ministério Público.
Da Agência Brasil