A Prefeitura de Poá deve lançar, em 27 de julho, um concurso público para atender diversas áreas, como assistência social, educação, saúde e segurança. A afirmação foi feita ontem pelo prefeito Marcos Borges (PPS), o Marcos da Gráfica, durante a inauguração do Centro de Referência e Assistência Social (Cras). A medida tem como objetivo dar paridade entre funcionários concursados e comissionados, uma vez que o Ministério Público (MP) já havia questionado a quantidade dos cargos comissionados, no final do ano passado. Entre as vagas que estão previstas, cerca de 100 devem ser direcionadas para a Guarda Civil Municipal (GCM). Borges contou que o objetivo do concurso será dar mais paridade entre os cargos que são concursados e os comissionados. "Muitos cargos de assessoramento tem que ser realocados, então, já visa atender essa necessidade imposta pela cobrança da Justiça. Tenho certeza que, dessa forma, a população será melhor atendida". A medida não deve acarretar em cortes dos cargos. O prefeito também explicou que quando assumiu o cargo, em setembro do ano passado, já havia um número de cargos comissionados. "Vamos procurar atender as necessidades e as deficiências em diversas áreas como saúde, educação, promoção social, guarda civil municipal. Procurar preencher essas lacunas sem depender daquilo que hoje a Justiça já cobra uma decisão desses cargos de comissão". HORAS EXTRAS Durante a inauguração, Borges aproveitou para desabafar com a população sobre o caso das supostas irregularidades nos pagamentos de horas extras aos funcionários que prestam serviço para o Hospital Municipal Guido Guida. Conforme o DS publicou, os pagamentos chegam ao valor de R$ 24 milhões. "Não há dinheiro que aguente a sustentar uma situação como essa que nós nos deparamos. Causa indignação. Receber sem trabalhar e ainda encurralar fazendo ameaças. Não dá para se admitir uma situação desta. Receber hora extra para ficar em casa dormindo não é justo. Não aceito", afirmou. O prefeito contou que se o caso não fosse descoberto, o setor poderia ser paralisado. "No mês de setembro a saúde de Poá ia parar. Não tinha mais dinheiro", finalizou.