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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Editorial

Dívidas

07 janeiro 2021 - 05h00
Dívidas não fazem mal apenas ao bolso. 
Recentes pesquisas mostram que elas podem prejudicar também a sua saúde, segundo especialistas. 
Isso pode ser gerado pelo estresse causado pela preocupação com o valor que se deve.
Tudo depende da intensidade com que a pessoa se preocupa. Muitas pessoas acabam somatizando problemas como a falta de dinheiro: a preocupação pode se tornar uma doença real ou, então, uma neurose.
Na edição de ontem, a Agência Brasil divulgou que após três reduções seguidas, o número de brasileiros com dívidas voltou a subir no último mês de 2020.
A análise é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) é de dezembro. Apontou que 66,3% dos consumidores estão endividados, uma alta de 0,3 ponto percentual com relação a novembro. No comparativo anual, o indicador registrou aumento de 0,7 ponto percentual.
O crédito deve ganhar destaque na retomada da economia em 2021, segundo especialistas. É importante não somente seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para mitigar o risco da inadimplência no sistema financeiro.
Grande parte do crédito ofertado durante a pandemia de covid-19 foi concedido com carência nos pagamentos e deve começar a vencer no início deste ano.
Em relação à renda, as trajetórias do endividamento passaram a apresentar tendências semelhantes em dezembro. Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, o percentual subiu para 67,7% do total, após três reduções consecutivas. Para as famílias com renda acima de dez salários, o indicador aumentou para 60%.
Com o fim do auxílio emergencial, em janeiro as famílias de menor renda que recebiam o benefício precisam adotar maior rigor na organização dos orçamentos domésticos, segundo especialistas.
O crédito pode voltar a funcionar como ferramenta de recomposição da renda, ainda no contexto de incertezas sobre a evolução do mercado de trabalho.
Apesar da alta do endividamento, os consumidores continuam conseguindo quitar débitos e compromissos financeiros.