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Jornal Diário de Suzano - 07/05/2024
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Editorial

Fechamento de empresas

07 outubro 2019 - 23h59
Mesmo com o início da atividade econômica, o Brasil ainda fechou mais empresas do que abriu em 2017, segundo reportagem publicada pelo Jornal O Valor Econômico. 
O País tinha 5,029 milhões de empresas registradas no Cadastro Geral de Empresas (Cempre) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) naquele ano, 0,4% a menos do que em 2016, o que corresponde a uma perda de 21,5 mil empresas no período.
Na semana passada, o DS trouxe dados das cidades da região.
Pelo menos 5.719 empresas fecharam as portas no Alto Tietê, em um período de 11 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A região tinha um total de 38.169 empresas atuantes em 2008. A última pesquisa, referente ao ano de 2017, apontou para um total de 32.450, uma redução de 14,98%. 
Apesar de o número de empresas fechadas ser maior do que abertas, o cenário da região mostra que houve um crescimento de pessoas empregadas, exceto em atividades informais (sem registro). O IBGE calculou que, em 2008, as dez cidades do Alto Tietê tinham 243.099 pessoas assalariadas. Em 2017, o número subiu para 278.820,um crescimento de 14,69%.
Em 2018, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) liberou um relatório preocupante sobre o percentual de sobrevivência de empresas no Brasil. 
Mostrou que de cada 4 empresas abertas, 1 fecha antes de completar 2 anos de existência no mercado.
Pode-se listar diversos motivos que levaram a essa grave estatística nacional, entre eles: a crise política e a extrema burocratização.
Sobre os números da região, o DS mostrou que um possível fator para esta elevação de assalariados pode ser encontrado na diminuição da média salarial do Alto Tietê. Para se ter ideia, em algumas cidades, a diminuição foi de quase um ponto percentual. 
Pelos dados da região, o único município a apresentar um cenário decrescente na última década foi Poá. Ao todo, 8.779 empresas deixaram de existir na cidade. Segundo dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), o auge poaense foi em 2008, quando existiam 11.868. Depois, os números só caíram até chegar em 3.089 em 2017. Para se ter ideia, a alíquota chegou a ser de 0,25% sobre o Imposto Sobre Serviços (ISS).
Segundo especialistas, um dos maiores problemas enfrentados pelo empresariado é, sem sombra de dúvidas, a dificuldade de planejar e executar ações de marketing, especialmente as que envolvem o meio digital.
Segundo dados do Sebrae, a idade média do empreendedor brasileiro é de 44,7 anos, ou seja, para muitos, a internet ainda é vista como uma fortaleza selvagem, dificultando ações mais específicas no meio on-line.