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Jornal Diário de Suzano - 28/04/2024
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Editorial

Geneticamente modificado

28 fevereiro 2024 - 05h00Por editoracao

A disparada dos casos de dengue em todo o Alto Tietê obriga os municípios a adotarem iniciativas na tentativa de conter o avanço da doença. 
Entre as inúmeras ações, uma delas é importante para impedir o avanço dos focos.
Nesta semana, Suzano iniciou a 3ª fase do projeto “Aedes do Bem” no Jardim Varan. Foram ativadas mais 30 caixas de mosquitos geneticamente modificados para diminuir a transmissão da doença.
A técnica usa ovos de mosquitos machos autolimitantes, que não picam e não transmitem doenças, com o objetivo de controlar os casos de dengue. 
Segundo reportagem publicada pelo DS na edição desta terça-feira (27), a experiência está sendo desenvolvida em parceria com a empresa Prime Soluções Ambientais, por meio da tecnologia Oxitec.
A preocupação com os casos de dengue é muito grande. Há, até agora, uma morte registrada pela doença em Suzano, o que traz ainda mais necessidade de se precaver contra a doença.
Os detalhes referentes a essa técnica foram apresentados na segunda-feira (26), em Suzano.
A tecnologia já garantiu 96% de redução da população dos mosquitos transmissores da dengue na cidade de Indaiatuba, que adotou a mesma iniciativa, segundo técnicos.
A primeira etapa de implantação do projeto “Aedes do Bem” ocorreu em 6 de fevereiro, quando foram ativadas as primeiras 30 caixas, seguida da segunda etapa, em 16 de fevereiro. O processo tem ocorrido de forma gradual para que haja um controle da população de mosquitos no ambiente, que neste momento estão se concentrando em diferentes localidades do Jardim Varan.
A tecnologia se propõe a reduzir consideravelmente a quantidade de fêmeas em circulação, responsáveis pela transmissão da dengue, por meio do acasalamento. Os mosquitos geneticamente modificados, chamados de “insetos do bem”, iniciam uma procura pelas fêmeas e, após o cruzamento, os machos herdam a característica autolimitante. Por sua vez, as fêmeas não conseguem atingir a fase adulta. O resultado é a diminuição na quantidade de mosquitos transmissores e, consequentemente, o controle populacional na região tratada.
Para isso, foram distribuídos por 30 locais do Jardim Varan três caixas do “Aedes do bem”. Em cada um das semanas foi ativada uma dessas estruturas de cada ponto com água limpa, de modo a estimular o desenvolvimento deste mosquito geneticamente modificado, que, depois de algumas semanas, atinge a fase adulta e se consolida no ambiente.
O projeto “Aedes do Bem” se integra ao conjunto de ações que a administração municipal tem desenvolvido para prevenir a dengue. 
Que as iniciativas sejam efetivas para reduzir o número de casos da doença na cidade e no Alto Tietê.