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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Editorial

Greve de caminhoneiros

24 maio 2018 - 23h59
A greve dos caminhoneiros, que chegou ontem ao quarto dia, começou a afetar vários setores.
Em grande parte das cidades do País, o transporte urbano ficou prejudicado.
O governo federal tem agora uma missão muito complicada para tentar um acordo com os caminhoneiros, que reclamam da alta no preço do diesel. 
Os combustíveis, por tabela, estão sumindo dos postos. O desabastecimento preocupa. Só para se ter uma ideia, as empresas estão reduzindo o número ônibus em circulação devido à dificuldade no abastecimento. 
A situação, de acordo com organizações locais, pode ficar crítica a partir de sábado, caso persista a paralisação. Trará preocupação não somente ao Alto Tietê, mas para todos o Estado de São Paulo e outras regiões do País. 
Em Belo Horizonte, por exemplo, a circulação dos ônibus foi cortada pela metade nos períodos de menor pico, entre 9 horas e 16 horas e entre 20 horas e 0 hora. 
Nos demais horários, a frota é mantida integralmente, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setrabh). 
Caso o desabastecimento permaneça, o sindicato diz que a partir de amanhã a situação pode se agravar e, no sábado, "há risco grande de parar".
No Distrito Federal, de acordo com a Associação Brasiliense das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiro (Transit), que representa as cinco empresas responsáveis pelo transporte de 75% dos passageiros, a circulação segue normal, mas caso a paralisação dos caminhoneiros persistir, a partir de sábado pode haver redução da frota. 
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse que a mobilização dos caminhoneiros nas rodovias do país só será encerrada quando o presidente Temer sancionar e publicar, no Diário Oficial da União, a decisão de zerar a alíquota do PIS-Cofins incidente sobre o diesel.
Para poder ser sancionada pelo presidente, a medida precisa, antes, ser aprovada pelo Senado. 
Fonseca disse que os bloqueios nas estradas estão ganhando força inclusive de grupos não ligados aos caminhoneiros.
A crise de desabastecimento pode se agravar, na medida em que a situação vai ficando pior com a possibilidade de uma crise pior. Sendo sentida não somente na falta de combustível, mas também de alimentos e remédios, por exemplo.
É importante que o governo federal consiga tomar providências para reduzir o “caos” que está se tornando o País, com todos os setores afetados.