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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Editorial

Lixo em áreas protegidas

10 abril 2018 - 23h59
O combate ao despejo irregular de lixo em áreas protegidas por mananciais vem sendo reforçado. Mas ainda não é suficiente.
O DS publicou, nos últimos meses, reportagens mostrando o quanto as áreas de mananciais são “atingidas” por despejo irregular de lixo.
No Brasil, um dos principais problemas encontrados nas cidades, especialmente nas grandes é o lixo sólido, resultado de uma sociedade que a cada dia consome mais. 
Esse processo resulta no acúmulo de dejetos que nem sempre possui um lugar e um tratamento adequado. Isso tende a aumentar, uma vez que a população cresce e gera elevação no consumo, e consumo significa lixo. 
Para ter uma noção mais ampla do problema tomemos a cidade de São Paulo como exemplo, em média cada pessoa produz diariamente entre 800 gramas a 1 quilo de lixo diariamente, ou de quatro a seis litros de dejetos, por dia são gerados 15.000 toneladas de lixo, isso corresponde a 3.750 caminhões carregados diariamente, segundo dados de especialistas.
Em um ano esses caminhões enfileirados cobririam o trajeto entre a cidade de São Paulo e Nova Iorque, ida e volta. 
Na edição de ontem, o DS divulgou reportagem mostrando o descarte irregular de lixo e entulho em um terreno onde será construída a Escola Municipal (EM) Ana Maria Garcia, por exemplo, têm causado transtornos aos moradores do Parque Maria Helena. Os principais problemas citados pelos moradores são o mau cheiro, aparição de animais e usuários utilizando droga no local. 
O drama é vivido há mais de um ano. 
A situação é difícil. A Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos informou que há menos de dois meses, o trabalho de retirada de descartes foi executado na área. Além disso, destacou que as praças do bairro já receberam atendimentos no final de 2017 e neste ano também.
O Departamento de Fiscalização de Posturas informou que atua diuturnamente para inibir e flagrar caminhões que realizam tal prática criminosa em todo o âmbito municipal. Para isso, operações são feitas em horários diversos. 
Não há dúvida de que a questão do lixo está diretamente ligada ao modelo de desenvolvimento que vivemos, vinculada ao incentivo do consumo, pois muitas vezes adquirimos coisas que não são necessárias, e tudo que consumimos produzem impactos. 
Há aproximadamente 40 anos a quantidade de lixo gerada era muito inferior à atual, hoje a população aumentou, a globalização se encontra em um estágio avançado. É preciso, sem dúvida, encontrar soluções para o problema.