Há uma preocupação para que a produção industrial se recupere e garanta maior número de empregos para o País.
No Alto Tietê, as indústrias também temem o pior: uma parte vem dando férias coletivas, lutando para tentar aumentar a produção e garantir para a economia regional maior estabilidade.
Nesta semana, dados sobre a produção no País não foram nada animadoras. A produção industrial caiu 1,2% em abril ante março e mostrou mais uma vez a dificuldade que o setor tem passado.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria brasileira intensificou o ritmo de perda em 12 meses, acumulando queda de 4,8% - o pior resultado neste tipo de confronto desde dezembro de 2009, quando a perda era de 7,1%. No período, o setor automotivo teve retração de 20,2%
No ano, a produção da indústria também foi negativa (-6,3%) e, em relação a abril de 2014, a queda foi de 7,6%.
A baixa na comparação com abril do ano passado foi a 14ª consecutiva. Em março, a sequência de 13 quedas já havia firmado um recorde inédito, tendência agora continuada.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sabe que o Brasil precisa estar preparado para enfrentar a crise, principalmente porque não está imune a ela. O Produto Interno Bruto (PIB) e a renda média precisam crescer, o nível de emprego também, com a produção industrial aumentando.
Uma das saídas que tem sido cogitadas é a redução dos juros e a derrubada do valor do real frente ao dólar.
Os especialistas já identificaram dois problemas do setor industrial: a oferta de crédito mais barato, com a queda dos juros; e o valor dos produtos valorizado artificialmente pela política cambial de outros países, com o ajuste do dólar.
Neste ano, a produção industrial recuou em 19 dos 24 ramos pesquisados em abril ante março. O maior impacto negativo veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, que registraram queda de 2,5% no período. Com o resultado, os veículos registraram a sétima queda seguida no confronto com o mês imediatamente anterior. No período, o setor acumula perda de 21,9%.
É preciso fazer com que a produção cresça para o bem da economia regional e do País.