sexta 26 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Editorial

Saneamento básico

19 junho 2018 - 23h59
O DS publicou esta semana reportagem mostrando que o Alto Tietê tem nove cidades no Ranking da Universalização do Saneamento, realizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). 
É um estudo que mostra as ações em saneamento básico e também uma análise sobre a eficácia de cada trabalho dos municípios no setor.
A importância desse estudo serve para aprimorar e estruturar ações. Saneamento básico é o conjunto de medidas que visam garantir a preservação ambiental e manutenção de resíduos, por meio de serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem, limpeza urbana e manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. 
Trata-se de serviços que podem ser prestados por empresas públicas ou, em regime de concessão, por empresas privadas, sendo esses serviços considerados essenciais, tendo em vista a necessidade imperiosa destes por parte da população. Além da sua importância para a saúde de toda a sociedade e para o meio ambiente.
O estudo, divulgado esta semana, classifica as cidades brasileiras em quatro categorias, conforme a pontuação total obtida nos indicadores de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de resíduos sólidos e destinação adequada de resíduos sólidos. Poá teve o melhor desempenho da região, com a pontuação de 499,9. 
O município poaense é o único do Alto Tietê classificado na categoria Rumo à Universalização, junto com apenas 15% do total de cidades brasileiras. Poá conseguiu a nota 100 em todos os cinco indicadores, exceto na coleta de esgoto, em que o município obteve avaliação 99,9. 
No País, a nota total máxima, que é 500, foi obtida apenas por quatro cidades: São Caetano do Sul, Piracicaba, Santa Fé do Sul e Uchoa, todas do estado de São Paulo. 
Só para se ter uma ideia, o atraso relativo do Brasil na área de saneamento tem uma origem histórica distante. Há 50 anos, apenas uma em cada três moradias estava ligada à rede geral de coleta de esgoto. Isso significa dizer que apenas 1/3 da população tinha o esgoto afastado de seu local de residência. 
No que diz respeito ao tratamento a situação era muito pior: do esgoto coletado, sequer 5% recebia algum tratamento antes do despejo no meio ambiente. Nas últimas décadas a situação melhorou, embora em ritmo ainda lento.
O levantamento no Alto Tietê mostrou que na classificação “Compromisso com a Universalização”, aparecem Suzano e Mogi das Cruzes, com as notas 457,5 e 455,8, respectivamente. De acordo com o levantamento, o município suzanense obteve nota total em três indicadores: abastecimento de água, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Enquanto Mogi teria atingido a nota máxima apenas no quesito destinação adequada de resíduos sólidos.
Classificam-se na categoria Empenho Para Universalização as outras seis cidades da região consideradas no estudo. A importância desse estudo mostra que as cidades ainda precisam avançar, apesar da melhora nos índices.