Violência contra as mulheres

Segundo pesquisa do DataSenado, divulgado nesta quinta-feira, mais de 80% das mulheres brasileiras diz ter percebido um aumento na violência cometida contra pessoas do sexo feminino durante o último ano.
A conclusão é da pesquisa de opinião “Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher — 2021”, realizada pelo Instituto DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência. 
Na região a situação segue o panorama nacional. As mulheres geralmente são vítimas, mas não denunciam. Isso por conta do medo dos companheiros ou colegas de trabalho.
Ações para coibir e proteger as mulheres vítimas de violência são criadas. Nesta quarta-feira o Alto Tietê ganhou um novo equipamento para proteção das mulheres vítimas. Trata-se do Centro de Auxílio à Mulher (CAM), que.
O DS esteve presente na inauguração na quarta. O equipamento fica nas dependências do Centro de Integração da Cidadania (CIC), em Ferraz de Vasconcelos. O projeto visa prestar atendimento humanizado para mulheres em situação de violência e vulnerabilidade.
A princípio, o equipamento funcionará três dias da semana: segunda, terça e quinta, das 10 às 16 horas. O CAM contará com uma sala de triagem e de acolhimento. Além disso, o local vai oferecer serviços de assistência social, psicológicos, jurídicos, cursos de empregabilidade e geração de renda, entre outros.
Segundo a pesquisa do DataSenado, que é realizada a cada dois anos desde 2005, em 2021 revela um crescimento de 4% na percepção das mulheres sobre a violência em relação à edição anterior. 
O estudo ouviu 3 mil pessoas entre 14 outubro e 5 de novembro.
Outras ações, além deste novo equipamento em Ferraz, são importantes. A principal e que há mais tempo está em prática no Alto Tietê é a patrulha Maria da Penha. 
Realizada pela Guarda Civil dos municípios, a operação é responsável por atender e patrulhar casos de violência contra as mulheres. É importante as administrações da região manterem a atenção para essas causas.
De acordo com a pesquisa do DataSenado, 18% das mulheres agredidas por homens convivem com o agressor. Para 75% das entrevistadas, o medo leva a mulher a não denunciar. 
O estudo demonstra, no entanto, que 100% das vítimas agredidas por namorados e 79% das agredidas por maridos terminaram a relação.
Portanto, o recém inaugurado Centro de Auxílio à Mulher será um equipamento muito utilizado pelas mulheres da região, mas as ações não podem parar. 
É importante os prefeitos colocarem nas pautas e projetos de governo a criação de novos e mais ações de proteção contra as mulheres.