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Jornal Diário de Suzano - 28/04/2024
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Editorial

Vulneráveis à dengue

06 março 2024 - 05h00Por editoracao

A ‘batalha’ contra a dengue em todo o País traz ações importantes de combate ao mosquito Aedes Aegypti. No entanto, as condições em que vivem moradores em algumas regiões do Alto Tietê, Estado e do País podem levar a uma vulnerabilidade maior.
Em reportagem da Agência Brasil, publicada no portal nesta terça-feira (5), revela que as populações periféricas são mais vulneráveis à dengue.
Para a Agência Brasil, o médico infectologista José Davi Urbaez diz que as condições sociais são causas do avanço da dengue. Segundo ele, é claríssimo que, no caso da dengue e, habitualmente, todas as doenças infecciosas, são grandes marcadores dessa vulnerabilidade porque ela é construída. 
As populações com menos condições de saneamento básico, de moradia digna, de emprego, de educação e de acesso à saúde, segundo o médico, estão mais vulneráveis à disseminação das doenças como a dengue. 
Daí a importância das políticas públicas de saneamento básico e saúde sejam reforçadas para garantir mais segurança contra a doença. Os casos estão disparados em todo o País.
O médico infectologista Hemerson Luz explica que pode acontecer de pessoas que tiveram dengue uma vez apresentarem um quadro mais grave numa segunda ocasião. 
O médico entende que as condições sociais urbanas podem influenciar a disseminação da doença.
Qualquer objeto abandonado que acumule água pode acabar sendo um criadouro do mosquito. Os ovos do Aedes Aegypti podem ficar até 1 ano em um terreno seco, esperando cair água e acumular. Todo o combate se baseia em eliminar esses criadores, como objetos jogados, caixas d'água sem tampa, aquele vaso que tem um pratinho com água embaixo. E é isso que as cidades da região lutam para tentar fazer: conter a quantidade de criadouros nas casas.
A recomendação é que as pessoas devem buscar apoio de saúde a partir de sintomas como o quadro clássico que inclui dor de cabeça, febre alta, cansaço, dor atrás dos olhos. Há possibilidade de aparecimento de manchas vermelhas na pele. 
Segundo o infectologista Hemerson Luz, qualquer pessoa pode ter a doença agravada. Mas, segundo ele, pode ser pior em crianças muito pequenas, ou mesmo em pessoas idosas, grávidas, pessoas que têm comorbidades. 
E um grande foco hoje da atenção é justamente crianças e adolescentes por onde estão começando os programas de vacinação”, explica. 
Para combater a dengue, o médico Hemerson Luz defende que o sistema público de saúde pode contar com o uso de tecnologias para apontar qual rua ou bairro há mais casos. O mosquito tem uma autonomia de voo muito pequena, cerca de 200 metros apenas. O uso de drones para procurar esses locais que podem estar acumulando lixo, pode ser usado pelo poder público para fazer essa busca. Esse é um dever de todos.