Dez mil moradias populares serão construídas em uma área localizada na Fazenda Albor, que compreende os municípios de Guarulhos, Itaquaquecetuba e Arujá, ao lado do Trecho Leste do Rodoanel Mario Covas (SP-21). A autorização foi assinada ontem e é a primeira parceria público-privada de cunho social para a região. As moradias são destinadas ao atendimento de famílias moradoras em áreas de risco, assentamentos e beneficiárias do auxílio-moradia. A autorização para o edital de chamamento, que convoca novos investidores privados, foi assinada ontem pelo secretário de Estado da Habitação, Rodrigo Garcia, durante evento no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. "As moradias são para as pessoas que preponderantemente têm direito à moradia popular ou as que recebem auxílio-aluguel", detalhou Garcia. Ainda de acordo com o secretário, a ideia da parceria público-privada vai além da construção das 10 mil unidades. "Queremos ainda ter serviços privados e públicos, fazendo com que as pessoas tenham moradias próximas do emprego", disse. "É uma região que se desenvolveu graças aos investimentos do Estado, das prefeituras e do governo federal", completou. Serão sete mil unidades habitacionais de interesse social (HIS), podendo haver a construção de mais três mil habitações de mercado popular. Processo O acesso ao edital de chamamento e todo o processamento das demais fases se dará por meio da Plataforma Digital de Parcerias, que permite que os pedidos de autorização dos interessados sejam apresentados eletronicamente e acompanhados pela internet pelo site www.governo.sp.gov.br. Os interessados terão o prazo de 20 dias para a comprovação dos requisitos e envio de documentos necessários, e os autorizados terão 60 dias para a apresentação de estudos e projetos para a área, nos termos do edital de chamamento publicado.
DESAPROPRIAÇÕES No começo do mês, a Polícia Militar realizou uma operação de reintegração de posse na área a pedido do Tribunal de Justiça. Aproximadamente 500 famílias foram retiradas do local, ocupado irregularmente por elas. Em seguida, parte das famílias ocuparam um prédio em fase de obras da CDHU, que posteriormente também sofreu reintegração.