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Região

Profissionais da Saúde temem perda de direitos; 13 morreram por Covid-19

Sindicato pede valorização aos trabalhadores na linha de frente do novo coronavírus; Estado desmente possibilidade de retirar direitos

07 junho 2020 - 15h00Por Daniel Marques - de Suzano
Profissionais da Saúde do Alto Tietê temem perder direitos durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde de Mogi e Região (Sindsaúde), o Estado está reavaliando a redução e retirada de insalubridade dos profissionais. 
 
Desde o início da pandemia até o dia 1° de junho, 13 trabalhadores da área entraram nas estatísticas de óbitos por coronavírus no Alto Tietê, de acordo com o Sindicato.
 
Além da queixa pelo risco de perder direitos, as condições de trabalho precárias e a falta de reconhecimento incomodam os profissionais. Enquanto precisam lidar com um vírus invisível, trabalhadores da área administrativa enfrentam o risco de perder o adicional de insalubridade, enquanto os da área técnica - que vão de médicos a atendentes de saúde - temem pela redução dos valores.
 
Por telefone, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado classificou como "inverdade" a possibilidade de rever direitos e disse que tem auxiliado os profissionais durante a pandemia.
 
"Sempre estivemos na linha de frente. Desde o começo do ano, está havendo uma reavaliação de insalubridade. Nosso entendimento é de que todo mundo que trabalha em área de Saúde está correndo risco. Hoje, o Estado está fazendo uma reavaliação de retirada dessa gratificação. Queríamos que o governo repensasse essa questão e que mantivesse, minimamente, o que está", conta Kátia Aparecida dos Santos, diretora do Sindsaúde.
 
"Não dá para ser negligente e cruzar os braços. O que aconteceria se parássemos os serviços? Haveria um colapso, um caos, e não somos irresponsáveis a esse ponto. Então já que temos nossa responsabilidade, que os governantes tenham o reconhecimento da contribuição", emendou a diretora. O DS entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado, mas até o fechamento da reportagem, não obteve resposta.
 
Salários congelados
 
Ela disse também que a área da Saúde sofre com a situação precária desde antes mesmo do início da pandemia, e criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por ter congelado o reajuste de salários dos servidores até 2021.
 
"Precisamos ser reconhecidos, não só com aplausos, mas valorização tanto no trabalho quanto financeiro. O presidente decretou que funcionário público não terá reajuste salarial até 2021, olha que absurdo! É delicado falar agora de valor financeiro, mas é importante para a gente. Não dá para oferecer gratificação especial no momento de pandemia e, após isso, voltamos ao zero novamente", afirmou. O sindicato tem recebido queixas de profissionais da Saúde durante a pandemia. Elas variam entre questões psicológicas, de afastamento e adequação de equipamentos. Nestes casos, a instituição entra em contato com os responsáveis das unidades de Saúde para cobrar melhorias.
 
"Na medida que temos conhecimento, vamos para dentro das unidades conversar com seus administradores e gestores, para adequar da melhor forma possível. Desde o início da pandemia temos feito isso, porque antes mesmo (de ela começar) já trabalhávamos em condições precárias. A Saúde sempre foi assim. Nunca foi 100% adequado", finalizou.

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