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Região

Queda de raios mata 17 pessoas no Alto Tietê na última década

Mogi das Cruzes tem o maior número dos óbitos, com seis; 94% das vítimas na região eram homens

10 maio 2020 - 18h00Por Marcus Pontes - da Região
Pelo menos 17 pessoas morreram por queda de raios no Alto Tietê entre o período de 2000 a 2019. Desse total, seis foram somente em Mogi das Cruzes. É o que revela um estudo do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgado esta semana ao DS.
 
Levantamento mostra que em quase uma década, a região teve média de 1,8 morte por ano. Os óbitos tiveram como principal vítima homens. São 94% do total de mortes, contra 6% de mulheres. As principais causas de morte por raio no país estão ligadas diretamente a circunstâncias de agronegócio, atividades na água ou próximo em praias, rios ou piscinas, embaixo de árvores, em áreas cobertas que protegem da chuva, mas não dos raios, em áreas descampadas, próximo à veículos ou em veículo aberto, em rodovias, estradas ou ruas, sem estar dentro de veículos, próximo a cercas, varal ou similares, entre outros.
 
O estudo revela que a probabilidade de uma pessoa morrer atingida por um raio no Brasil é de um em 25 mil pessoas. Segundo Elat/Inpe, a probabilidade de ser atingido por um raio aumenta 2,5 vezes se a pessoa estiver desprotegida em uma área descampada durante uma tempestade típica, que, segundo o órgão, produz três raios por minuto. 
 
Com base no levantamento, o Elat lançou uma cartilha de proteção contra raios com orientações inéditas de como se proteger do fenômeno no Brasil. 
 
“O estudo representa um dos levantamentos mais detalhados sobre mortes por raios no mundo e deve contribuir muito para reduzir as mortes no país”, comentou Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat-Inpe.
 
Tempestades provocam maior queda de raios
 
O último ano foi marcado por fortes tempestades, com muita chuva e queda considerável de raios no Alto Tietê. Em 12 meses, a região concentrou um total de 50.682 descargas elétricas vindas do céu. Isso é 47,87% maior ao de igual período de 2018. Naquele ano, foram 34.277 raios contabilizados pelo Elat/Inpe. 
 
Mogi detém o maior número de óbitos provocados por raio. É, também, a cidade que recebeu o maior número de descargas elétrica da região. Em 2019, o município mogiano foi atingido 14.457 vezes por raios. O ano anterior foi 12.943, um aumento de 11,6%. 
 
Se for levar em conta o aumento porcentual, lidera a lista Ferraz de Vasconcelos, que registrou uma elevação de 262,2% do número de raios. Passou de 445 para 1.612. Seguido de Poá, Suzano e Salesópolis, que tiveram um acréscimo de 250,6%, 127,8%, e 110,2%, respectivamente. 
 
O estudo, ainda, aponta que Biritiba Mirim, Guararema e Itaquaquecetuba tiveram aumento quanto às quedas, de 90,8%, 15,2% e 79%, respectivamente. A única cidade a registrar diminuição foi Arujá, com menos 7,6%.

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