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Região

Sincomércio recebe 500 pedidos de demissões no Alto Tietê

Presidente do sindicato revelou que negocia congelamento de salários e ações que possam manter empregos

07 abril 2020 - 20h12Por Nayara Francesco - da Região
O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) recebeu na semana passada 500 pedidos de demissões. A informação é do presidente do Sincomércio, Valterli Martinez. Nesta semana, ele contou que o sindicato está negociando com os empresários, do total, para que 300 empregos não sejam cortados. 
 
"Estamos tentando negociar com as empresas o congelamento de salários e algumas possíveis ações que possam manter os empregos", disse. 
 
Manter o quadro de funcionários é, atualmente, prioridade de muitos empresários. A crise do novo coronavírus (Covid-19) já impactou a economia mundial e pode afetar até 25 milhões de empregos, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). 
 
Uma ação na internet, no site www.naodemita.com, mobilizou empresários do País que se unem pela frase "esta crise tem data para acabar", com o pedido para que o mercado de trabalho não faça cortes de funcionários. 
 
Como saída para manter as contas, o governo orienta para que os empresários realizem vendas online. 
 
O presidente do sindicato analisou que as pequenas e médias empresas (perfil de muitos comércios varejistas) não possuem recursos para manter as vendas online. "Além de muitos pequenos comerciantes não possuírem ferramentas para trabalharem no online, seja de software ou de logística, os consumidores não estão procurando comprar produtos locais", apontou. 
 
Ele ainda avaliou que o governo federal deve dar atenção redobrada aos empresários negativados, por conta do risco iminente de falir. 
 
“Futuramente esses valores podem ser ajustados, contas poderão ser pagas. Mas, se o governo não fizer nada, calculamos que entre 40 e 50% das empresas correm o risco de fechar”, alertou o presidente. 
 
"Já escrevemos uma carta ao governo solicitando a desburocratização dos empréstimos para esse perfil de empreendedor", analisou. 
 
O Sincomércio realizará uma reunião com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), ainda esta semana, para solicitar as ações de flexibilização da liberação do empréstimo para os pequenos e médios empresários com dividendos. 
 
O CNC aprovou nesta segunda-feira (6) a linha de crédito no valor de R$ 6 bilhões para pessoas físicas e pessoas jurídicas. O crédito poderá ser buscado pelos clientes "enquanto perdurar o estado de calamidade pública reconhecido por ato do Poder Executivo, limitado a 31 de dezembro de 2020". Poderão ser estabelecidas garantias, por meio de "livre convenção entre o financiado e o financiador", diz a regra.
 
No entanto, para o presidente do Sincomércio de Mogi e região, os empresários negativados encontrarão dificuldades de amparo financeiro.
 
Burocracia
 
Na última segunda-feira (6), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que os acordos individuais de redução de salário e jornada de funcionários de empresas privadas apenas terão validade após a manifestação de sindicatos. Isso significa, na prática, que o ministro criou uma nova etapa burocrática para que os acordos entrem em vigor.

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