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Cidades

‘Fiquem em casa enquanto ainda há tempo’, diz suzanense que mora nos EUA

Ingrid Daiane fez apelo durante o programa DS Entrevista na última quinta-feira

27 março 2020 - 20h27Por Carolina Rocha - de Suzano
Na última quinta-feira, o programa DS Entrevista contou com a presença da professora de inglês, Ingrid Daiane, que mora nos Estados Unidos há dois anos. Ela falou sobre como o coronavírus mudou a sua rotina no país norte americano, que já tem o maior número de casos confirmados de Covid-19.
 
Ingrid mora no estado da Virgínia, onde 460 casos do novo coronavírus já foram confirmados. Desses casos, 65 pacientes seguem internados e 13 pessoas morreram por complicações causadas pela doença. Na cidade onde reside, Leesburg, foi confirmada a primeira morte por Covid-19 na tarde do dia 26. Uma senhora de 70 anos faleceu após falha respiratória.
 
Durante a entrevista, Ingrid contou sobre como o Estado tem se prevenido contra o coronavírus. "Aqui no Estado da Virgínia nós estamos em lockdown (espécie de confinamento emergencial) e ninguém está saindo. Nós estamos fazendo o distanciamento social. Isso significa que não pode haver grupos com mais de dez pessoas nas ruas. Então nós estamos ficando em casa. Quem não precisa sair para trabalhar, fica em casa", disse.
 
Além disso, o governo da Virgínia tomou outras medidas. Segundo Ingrid, o estado suspendeu as aulas das escolas públicas até o final do ano letivo, e as crianças estão sendo educadas em casa. Os parques e lugares para recreação também permanecem fechados. Em restaurantes já não é permitido comer no local, e o sistema de drive-thru é o único permitido pelas autoridades.
 
Shoppings permanecem abertos, mas apenas lojas com serviços essenciais podem funcionar. Ingrid mora e trabalha com uma família americana. Ela cuida de três crianças das 8 da manhã as 17 horas. Ela conta que a rotina mudou completamente, isso porque não pode mais sair e levar as crianças para passear. "Nós saíamos bastante para ir ao zoológico. Eu levava eles no parque, levava eles para a biblioteca, para a livraria. Ou só mesmo andar de carrinho pela cidade. Agora nós estamos trancados. Então preciso inventar atividades para que eles fiquem dentro de casa. Não estou vendo meus amigos, não estou vendo ninguém, apenas a família com quem eu moro", relata.
 
A professora conta que os americanos aderiram à quarentena antes mesmo do Estado ter decretado o fechamento de locais e entidades públicas, o que têm ajudado na contenção dos casos e mortes na Virgínia. Ao final da entrevista, Ingrid fez um apelo aos suzanenses. "Fiquem em casa enquanto ainda é tempo. Se não é necessário sair para a rua, não saia. Não vai para o lazer, não acha que é besteira. Ainda não está tão grave, mas o nosso país não tem estrutura para receber uma doença dessa, e eu me preocupo com a nossa pátria. E só depende da gente. Então fiquem em casa, e não saiam para a rua", conclui. 

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