A presidente da Câmara de Suzano, Gerice Lione (PL), cobrou, nesta quarta-feira, 22, celeridade da Justiça para um desfecho sobre a morte do irmão Neilo Rego Lione. Em entrevista coletiva à imprensa, a parlamentar revelou alguns detalhes sobre o dia em que o irmão foi encontrado morto. Essa é a primeira vez em que Gerice se pronuncia sobre o fato.
Na coletiva, a presidente do Legislativo suzanense falou que a família foi orientada a não se pronunciar sobre o caso, para não prejudicar às investigações. Mas, diante do anúncio de que duas policiais, incluindo a esposa de Lione, eram investigadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarulhos, Gerice quis esclarecer alguns detalhes.
"O que aconteceu é que a amiga dela (esposa de Lione) se apresentou na Corregedoria (da Polícia Militar) para falar sobre o caso, após o carro dela ser filmado. Não houve confissão e ninguém está preso. Em razão da profissão, a gente vê elementos da autoria. Quando meu irmão foi encontrado, ele estava enrolado em um edredon, que era o da casa dele", disse.
O DHPP de Guarulhos solicitou à Justiça, na noite de terça-feira, 21, os mandados de prisão temporária contra as duas policiais. A PM também fez pedido semelhante
"Meu irmão queria se separar. Mas ela (esposa suspeita de cometer o crime) não queria. Sabíamos que o relacionamento deles não estava bem. Meu irmão deu a vida para o Estado. Queremos que a Justiça seja feita. (Lione) Foi um bom policial, que ela pague pelo o que fez", afirmou Gerice.
A parlamentar suzanense ainda reiterou dizendo sobre o dia do velório do irmão: "Falamos para ela ir ver ele no caixão. Ela se negava. Dizia que queria manter a imagem dele sorrindo. Os desentendimentos começaram há pouco tempo. Ele (Lione) estava de férias. Eles viajaram juntos", comentou.
O cabo Lione era o terceiro dentre sete irmãos da família. "Todos estavam abalados. A gente chamou a todo para pedir Justiça. Queremos um desfecho. A família está preocupada", finalizou Gerice, que ainda comentou que dois filhos do casal estão com a suspeita.
Até o fechamento desta reportagem, a polícia não havia divulgado se às ordens de prisão foram emitidas.