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Cidades

Região tem déficit de 194 cargos na Polícia Civil, aponta estudo

Na região do Alto Tietê, o atual déficit na delegacia seccional de Mogi das Cruzes é de 194 vagas não ocupadas

11 novembro 2018 - 00h04Por Marília Campos - de Suzano
Há um ano o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) atualiza o “Defasômetro” de cargos na Polícia Civil de São Paulo. Na região do Alto Tietê, o atual déficit na delegacia seccional de Mogi das Cruzes é de 194 vagas não ocupadas, sendo que a falta de carcereiros corresponde a 53,6% desse valor. A defasagem é seguida pelas carreiras de investigador e escrivão. Para a Secretaria de Segurança Pública, dados são equivocados. 
 
Na seccional de Mogi, responsável por todas as delegacias do Alto Tietê, exceto as de Arujá e Santa Isabel, seriam necessários 814 cargos preenchidos na Polícia Civil, mas há apenas 620 vagas ocupadas. A pior situação está na carreira de carcereiro, em que seriam necessários 163 funcionários, porém, só 59 pessoas se dedicam à atividade. A Secretaria de Segurança Pública considera enganosas as informações. "O suposto déficit apontado leva em consideração cargos de carcereiros, que foram extintos em razão do fechamento das carceragens em distritos policiais".
 
Entre os investigadores, o estudo do sindicato aponta que o déficit é de 55 vagas, já que dos 266 cargos previstos, 211 funcionários trabalham no setor. A defasagem de carreira na polícia da região é seguida pelos escrivães, com a falta de 52 funcionários. Ainda há uma vaga não ocupada entre os agentes de telecomunicações e os papiloscopistas.
 
Por outro lado, o levantamento aponta superávit de contrações para os cargos de delegado, com quatro funcionários a mais que o previsto. O mesmo acontece com a carreira de agente policial, com mais sete contratados e também oito vagas a mais para auxiliar de papiloscopista. 
 
A presidente do Sindpesp, Raquel Kobashi Gallinati, explicou que o levantamento é atualizado mensalmente, conforme dado do Diário Oficial. "Um governo sério tem interesse em fortalecer (a Polícia Civil) que se investiga. Aquele que teme ser investigado, é enfraquecido", diz. A delegada também qualifica como equivocadas as políticas públicas desenvolvidas na área de segurança do Estado. "Tivemos reuniões improdutivas com a SSP. Fizemos uma reclamação junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e entramos com ação pública, em que houve parecer positivo do Ministério Público para contratações. O sindicato atua, porém, falta vontade pública. Esperamos que o próximo governo cumpra seu papel", criticou. 
 
Por sua vez, a SSP alega reforço na Polícia Civil. "Desde 2011, 120 policiais civis foram contratados e encaminhados para a Seccional de Mogi. Além disso, 53 viaturas foram entregues para a região, com um investimento de R$ 3,5 milhões. Também estão em andamento concursos para contratação de 2.750 policiais civis, todos com inscrições encerradas e provas já realizadas".

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