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Cultura

Escritor Sacolinha comemora 20 anos de carreira em 2022

Entre as diversas ações estão previstas o lançamento de dois livros novos, a criação de uma palestra exclusiva para os professores, uma live mensal nas redes sociais do DS e o lançamento de um documentário sobre os 20 anos de carreira do autor

15 dezembro 2021 - 15h00Por de Suzano

É parafraseando o rapper Emicida, que o escritor Sacolinha resume o êxito de sua trajetória até aqui “Pra quem nasceu de uma mãe que não sabia nem por onde o filho entrou e nem por onde ia nascer, até que eu cheguei longe”. Declara o autor.

A história de Ademiro Alves de Sousa, mais conhecido pelo pseudônimo literário de Sacolinha, começa em 1983, ano em que ele nasceu. Sua mãe, vinda da cidade de Berilo, no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, chegou em SP para trabalhar como empregada doméstica e ajudar a família que ficou na cidade mineira. Com 16 anos, e ainda acreditando na cegonha, ela engravida e dá a luz, em agosto, ao filho que hoje tem 38 anos.

“Apesar de ser a filha mais velha de oito irmãos, e a sua mãe ter feito sozinha seus partos, a minha mãe, Dona Natália, nunca conseguiu ver um irmão nascendo, já que a minha avó sempre a colocava para fora, com o pretexto de que a cegonha ia chegar e precisava de alguém para recebê-la. Daí a pouco o recém-nascido chorava lá dentro e a criança Natália ficava triste por mais uma vez não ter conseguido ver a cegonha.” Conta Sacolinha.

Hoje ele é um dos poucos autores que vive de literatura no país. Mais de 90% de sua renda vem do trabalho com os livros. Porém, viver financeiramente de Literatura não é o que mais deixa o escritor suzanense realizado. Ele afirma que a literatura virou seu propósito, seu projeto de vida.

“O que me faz levantar da cama todos os dias é o meu trabalho literário. Com ele eu promovo mudanças, com ele eu ajudo pessoas e é com ele que eu sou feliz. Eu vivo financeira e intelectualmente de literatura. E isso não é sucesso é êxito!” Afirma.

E é com essa empolgação que Sacolinha completa duas décadas de carreira literária. Foi em dezembro de 2002 que ele iniciou seu projeto literário. O autor não tinha livros publicados ainda, mas já começou a movimentar o cenário cultural de Suzano promovendo um debate literário no Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi, no centro da cidade. Desse dia em diante não parou mais. De lá pra cá escreveu e publicou 9 livros, viajou por todos os estados brasileiros e pra três países. Alguns de seus livros e de seus textos receberam traduções para o espanhol, inglês, francês e italiano. Até o ano de 2020, foram contabilizados uma centena de teses universitárias em cima dos seus livros e dos seus trabalhos, dentro e fora do Brasil. As universidades de Brow, do Texas e do Novo México são algumas das que utilizam em suas disciplinas de Literatura Brasileira, os livros do autor como o romance “Graduado em Marginalidade” e os livros de contos “Manteiga de Cacau” e “85 letras e um disparo”.

Entre 2005 e 2012 Sacolinha foi Coordenador Literário da Prefeitura de Suzano e se orgulha em dizer que auxiliou cerca de 300 autores, da cidade e de fora do município, e mais da metade desses escritores era de novos autores. E para encerrar a sua contribuição com chave de ouro na secretaria de cultura da cidade, o autor fez parte da comissão organizadora do 1° Salão Internacional do Livro, ocorrido em 2012 e que movimentou toda a região do Alto Tietê.

Ao final daquele ano o autor informou ao prefeito e ao secretário de cultura da época que ele iria deixar a pasta para se dedicar integralmente à sua carreira. E é o que tem feito desde então.

Como ações comemorativas, Sacolinha pretende lançar dois livros em 2022, sendo o primeiro em abril “Onde estavam meus olhos – Ainda sobre leveza”, livro de crônicas que faz parte da trilogia da leveza e tem como 1° volume o “Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser”.

O segundo lançamento será para o mês de outubro. Trata-se de “Pra que colher? – Contos eróticos, mas nem tanto”.

E logo em janeiro o autor estreia uma live mensal nas redes sociais do jornal Diário de Suzano, onde todo mês ele trará um convidado para discutir os principais livros que caem no vestibular. Cada mês um livro diferente.

Ainda como ação de comemoração, o autor pretende transformar todos os seus livros em e-book, já que dos 9 publicados de forma física, somente um está disponível em e-book. “Eu gosto mais do formato impresso, porém, como tem uma parcela significativa de leitores lendo e-books, vou atrás desse público também.” Comenta o autor.

Há 15 anos Sacolinha faz palestras nas escolas públicas, sendo a maioria dessas palestras voltada para os alunos. Neste ano de 2022 o autor pretende desenvolver também uma palestra específica para os professores que terá como tema central “Estilo de vida, saúde e literatura”.

Várias outras ações serão realizadas e Sacolinha mantém segredo sobre algumas delas. Mas vale citar que o cineasta Douglas Cordeiro está preparando um documentário sobre a vida do autor. E Sacolinha acredita que este documentário ficará pronto exatamente no mês em que ele completa 20 anos de carreira, que é em dezembro. Esse documentário servirá como um encerramento das comemorações.

Quem quiser acompanhar as atividades e projetos do autor basta acessar o site: www.escritorsacolinha.com ou pelas redes sociais digitando Escritor Sacolinha.

Autor

Escritor Sacolinha é formado em Letras pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Autor de romances, livros de contos e crônicas. Em sua trajetória já esteve em programas de televisão como Jô, Provocações, Metrópolis e Manos e Minas. Ganhou vários prêmios por seus livros e seus projetos. Desenvolve ainda uma palestra por semana nas escolas públicas do estado de São Paulo.

Seu último livro "Entre amar e morrer, eu escolho sofrer" é uma ficção que acontece nesse momento de Pandemia do Corona vírus e nos provoca para refletir sobre o nosso papel na sociedade, na política e nas discussões das questões raciais.

Atualmente Sacolinha realiza o projeto “Literatura e Paisagismo – Revitalizando a Quebrada” que tem por objetivo a intervenção em espaços públicos na periferia com literatura, grafite e o plantio de árvores.

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