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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Editorial

Déficit de profissionais na Civil

12 novembro 2018 - 23h55
O DS trouxe na edição de domingo reportagem mostrando o déficit de funcionários na polícia civil.
A defasagem traz muitos prejuízos. Qualquer morador da região que já tenha procurado ajuda em uma delegacia pode facilmente elaborar uma lista dos problemas mais comuns. 
Móveis velhos, equipamentos obsoletos e espera interminável são um cenário corriqueiro na maioria desses locais há décadas.
Na reportagem do DS, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) atualiza o “Defasômetro” de cargos na Polícia Civil de São Paulo. Na região do Alto Tietê, o atual déficit na delegacia seccional de Mogi das Cruzes é de 194 vagas não ocupadas, sendo que a falta de carcereiros corresponde a 53,6% desse valor. A defasagem é seguida pelas carreiras de investigador e escrivão. Para a Secretaria de Segurança Pública, dados são equivocados. 
Segundo especialistas, a falta de dinheiro é visível também na escassez de material e de serviços básicos nos distritos. 
Em vários locais do Estado há denúncia de que funcionários andam realizando vaquinha do próprio bolso para comprar produtos de limpeza e outros.
A reportagem do DS mostrou que na seccional de Mogi, responsável por todas as delegacias do Alto Tietê, exceto as de Arujá e Santa Isabel, seriam necessários 814 cargos preenchidos na Polícia Civil, mas há apenas 620 vagas ocupadas. A pior situação está na carreira de carcereiro, em que seriam necessários 163 funcionários, porém, só 59 pessoas se dedicam à atividade. A Secretaria de Segurança Pública considera enganosas as informações.
É importante que a Segurança Pública seja reforçada com a contratação de novos profissionais e equipamentos não somente para polícia civil, como para a PM.
As últimas eleições mostraram que a segurança é uma das maiores reivindicações e quase todos os candidatos que adotaram o discurso de reforço do setor, se deram bem. Conseguiram vencer as eleições.
Não há dúvida de que o suposto déficit apontado leva em consideração cargos de carcereiros, que foram extintos em razão do fechamento das carceragens em distritos policiais.
Entre os investigadores, o estudo do sindicato aponta que o déficit é de 55 vagas, já que dos 266 cargos previstos, 211 funcionários trabalham no setor. A defasagem de carreira na polícia da região é seguida pelos escrivães, com a falta de 52 funcionários. Ainda há uma vaga não ocupada entre os agentes de telecomunicações e os papiloscopistas.
O sindicato fez recentemente uma reclamação junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e entrou com ação pública, em que houve parecer positivo do Ministério Público para novas contratações. 
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) alega reforço na Polícia Civil. Desde 2011, 120 policiais civis foram contratados e encaminhados para a Seccional de Mogi. As contratações, no entanto, ainda não surtiram efeito por conta da grande demanda e das vagas a serem preenchidas.