Gabinete de Articulação para o Enfrentamento da Pandemia na Educação trouxe o panorama da aprendizagem dos alunos da rede municipal - (Foto: Regiane Bento/DS)A reunião mensal do Gaepe Mogi – Gabinete de Articulação para o Enfrentamento da Pandemia na Educação, realizada no dia 15 de agosto, trouxe como destaques o panorama da aprendizagem dos alunos da rede municipal e particular e informações sobre educação inclusiva e o atendimento neste período. No encontro foi sugerida a realização de um evento para a troca e o compartilhamento de boas práticas das escolas.
Nayara Xavier de Souza, técnica da equipe de Avaliação do Departamento Pedagógico, apresentou os dados da E-Aprendi, avaliação própria da rede municipal das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, realizada em abril de 2022. “Esta primeira avaliação é diagnóstica e serve como base do planejamento de ações da Secretaria de Educação ao chão de escola. Em abril, eles estavam no nível elementar e esperamos um crescimento bem positivo”, disse.
A educadora apresentou os critérios de padrão de desempenho e o trabalho realizado pela Secretaria no processo de recomposição das aprendizagens a partir dos resultados observados na avaliação. Pela rede particular, a professora Deise Prado, relatou a dificuldade da socialização e de coordenação motora de alunos da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental no retorno às atividades. No grupo de alunos dos 4ª e 5ª anos do ensino fundamental, a maior dificuldade foi a interpretação de texto.
Quanto ao ensino médio, a educadora Eisete Frigo destacou o trabalho com as competências e habilidades essenciais e iniciativas voltadas para a socialização. “Fizemos muitos trabalhos em grupo e criamos uma caixa onde eles colocavam as emoções e não tivessem medo em expressar o que sentiam. Hoje estamos na caixa de ideias. Tivemos um percurso de levantar as necessidades do aluno e dar o apoio necessário”, completou.
Alessandra Gotti, presidente-executiva do Instituto Articule, instituição da sociedade civil que coordena junto com a Secretaria Municipal de Educação o GAEPE Mogi, propôs o compartilhamento das práticas não só no gabinete, mas em um evento. “Podemos trazer as boas práticas das redes para a governança e pensar em uma ação em que os professores inovadores apesentem suas ações e compartilhem suas experiências. Vimos hoje atitudes simples, que buscam entender o momento que as crianças e jovens estão vivendo e criando estratégias para motivá-los. Será um momento de valorização destes profissionais que estão na ponta, no dia a dia com os alunos”.
O público-alvo da educação especial e os impactos da pandemia em crianças e adolescentes foram os focos da apresentação de Erica Venturini, responsável pelo Pró-Escolar da rede municipal de ensino de Mogi das Cruzes. A profissional apontou que deve ser analisado o que pode ser um transtorno causado neste período ou uma situação que realmente deva ser atendida pela educação inclusiva.
